Instituto CNA debate uso da palma na pecuária
O Instituto CNA, em parceria com a Embrapa, promoveu a última live relacionada ao Projeto Forrageiras para o Semiárido na segunda (27). O tema da transmissão ao vivo pelas redes sociais foi “Como a palma forrageira pode aumentar a oferta de forragem e de água no sistema pecuário do Semiárido brasileiro”.
O encontro foi moderado pela assessora técnica do Instituto CNA, Ana Carolina Mera, e contou com a participação do pesquisador da Embrapa Semiárido, Tadeu Voltolini, do analista da Embrapa Caprinos e Ovinos, Lucas Oliveira, e dos técnicos responsáveis pelas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) do projeto em Ibaretama (CE), Giovani Chagas, e em Tenónio (PB), Humberto Gonçalves.
A iniciativa inédita, desenvolvida em conjunto pelo Sistema CNA/Senar e Embrapa, tem o objetivo de avaliar o potencial produtivo e a adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas do semiárido para fortalecer a pecuária na região.
“Além de recomendar aquelas plantas mais adaptadas, o projeto também orienta as formas de uso e de manejo. Não adianta ter uma planta forrageira extremamente bem adaptada a uma condição de semiárido, se não fizermos o uso e o manejo adequados. Sem isso, a planta não consegue expressar o seu real potencial produtivo”, afirmou Ana Carolina Mera.
O pesquisador da Embrapa Semiárido destacou a importância de plantas adequadas para melhorar a capacidade produtiva dos sistemas de produção pecuários da região. Ele apresentou três variedades de palma forrrageira analisadas nas URTs do projeto: Orelha de Elefante Mexicana, Miúda e Ipa Sertânia – e analisou pontos como produção de forragem, sistemas integrados, produtividade e e ingestão de água.
“O fornecimento da palma na dieta leva o animal a ingerir menos de outras fontes e faz com que o produtor possa direcionar essa água que está sendo economizada para o fim pecuário, mas também para outras finalidades como uso agrícola e até para o seu uso doméstico”, disse Tadeu Voltolini.
Pragas e doenças - Lucas de Oliveira falou sobre as principais pragas e doenças que afetam a palma forrageira e as estratégias de manejo. Ele explicou que as pragas cochonilha-do-carmin e cochonilha de escama e doenças como podridão seca escamosa, mancha de alternaria, podridão de fusário, mancha negra, podridão de macrophomina, podridão negra e podridão mole.
“O controle é feito, principalmente, através do monitoramento. É preciso estar sempre acompanhando o palmal para saber se tem focos das pragas e doenças. Infelizmente, para as doenças, principalmente as fúngicas, não existem defensivos registrados. Então a recomendação são os manejos culturais”, declarou o analista da Embrapa Caprinos e Ovinos.
Na URT de Ibaretama (CE), foram avaliadas quatro cactáceas: Orelha de Elefante Mexicana, Miúda, Ipa Sertânia e Orelha de Elefante Africana. Foram considerados aspectos como o desempenho de produção e resistência a pragas e doenças. Giovani Chagas também apresentou experiências de consórcios com gliricídia ou moringa.
O técnico responsável pela URT de Tenório (PB), Humberto Gonçalves, abordou os resultados obtidos com as mesmas quatro variedades. A Orelha de Elefante Mexicana obteve os melhores índices de produtividade tanto no tratamento solteiro quanto no consorciado.
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