Moagem atinge 46,54 milhões de toneladas nos primeiros quinze dias de julho
A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas usinas e destilarias do Centro-Sul totalizou 46,54 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias de julho de 2020. Esse resultado é 13,52% superior daquele observado na mesma quinzena da safra 2019/2020, quando foram moídas 41,00 milhões de toneladas.
No acumulado desde o início da safra até 16 de julho de 2020, a moagem alcançou 275,95 milhões de toneladas, aumento de 6,52% na comparação com o valor apurado em igual período no último ano (259,05 milhões de toneladas).
“As condições climáticas observadas desde abril possibilitaram um avanço de 3,5% na área colhida neste ano. O clima mais seco favoreceu a operacionalização da colheita nessa última quinzena, permitindo um recorde de moagem quinzenal nessa safra. Até o final do mês deveremos atingir mais de 50% da produção prevista para a safra 2020/2021”, explica Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA.
Dados de produtividade apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) indicaram um rendimento médio de 85,9 toneladas de cana-de-açúcar por hectare para a lavoura colhida no acumulado desde o início da safra 2020/2021 até 16 de julho. Esse índice é 1,6% superior aquele observado no mesmo período do último ciclo agrícola.
Em relação a qualidade da matéria-prima, no acumulado desde o início da safra até 16 de julho a concentração de ATR por tonelada de matéria-prima colhida atingiu 132,91 kg, contra 126,35 kg no ciclo 2019/2020. No comparativo quinzenal, o crescimento alcançou 2,89%: 142,14 kg de ATR por tonelada na primeira metade de julho de 2020, ante 138,14 kg verificados no mesmo período do ano passado.
Em relação ao número de usinas em operação, 261 empresas registraram produção até dia 16 de julho de 2020, ante 257 unidades industriais em igual data do último ano. Na próxima quinzena, apenas uma empresa deve iniciar a operação.
Produção de açúcar e de etanol
Reflexo da maior moagem, da melhor qualidade da cana-de-açúcar e do mix mais açucareiro, a produção de açúcar aumentou 55,60% nos 15 primeiros dias de julho, com 3,02 milhões de toneladas fabricadas neste ano.
Na primeira metade do mês, 47,94% da cana-de-açúcar foi destinada à produção de açúcar, ante 35,99% registrados na mesma data de 2019.
O volume fabricado de etanol, por sua vez, registrou queda de 2,31%, com um total de 2,12 bilhões de litros na primeira quinzena de julho, sendo 673,48 milhões de litros de etanol anidro e 1,45 bilhão de litros de etanol hidratado.
No agregado desde o início da atual safra até 16 de julho, a produção de açúcar atingiu 16,31 milhões de toneladas, ante 10,88 milhões de toneladas em igual período de 2019. A fabricação acumulada de etanol, por sua vez, alcançou 12,12 bilhões de litros, dos quais 8,63 bilhões de litros de etanol hidratado e 3,49 bilhões de litros de etanol anidro.
Rodrigues ressalta que “do incremento total de 5,43 milhões de toneladas na produção de açúcar observada até o momento, cerca de 4,4 milhões decorreram da alteração do mix de produção e o restante do avanço de moagem e melhor qualidade da matéria-prima colhida”.
Em relação ao etanol de milho, foram fabricados 99,44 milhões de litros na primeira metade de julho de 2020. No acumulado desde o início da safra 2020/201 até 16 de julho, a produção somou 606,37 milhões de litros, crescimento de 79,04% sobre o volume apurado para o mesmo período de 2019.
Vendas de etanol
O volume de etanol comercializado pelas unidades produtoras nos primeiros quinze dias de julho deste ano somou 1,19 bilhão de litros, com retração de 14,17% no comparativo com igual período de 2019 (1,38 bilhão de litros). Desse total, 80,99 milhões de litros foram destinados para o mercado externo e 1,11 bilhão de litros vendidos domesticamente.
No mercado interno, as vendas de etanol hidratado alcançaram 741,39 milhões de litros na primeira metade de julho, com redução de 19,23% sobre o montante apurado no mesmo período da última safra (917,87 milhões de litros). A quantidade comercializada de etanol anidro, por outro lado, registrou aumento de 2,28%, com 369,25 milhões de litros vendidos em 2020 contra 361,02 milhões de litros em 2019.
Refletindo a maior demanda por produtos sanitizantes, a venda de álcool não carburante segue aquecida com um crescimento 50,86% na primeira quinzena de julho (60,98 milhões de litros na safra 2020/2021 contra 40,42 milhões de litros em 2019/2020). No acumulado do atual ciclo, o volume comercializado atingiu 422,04 milhões de litros, indicando um incremento de 65,71% ao registrado em igual período da última safra.
“A queda nas vendas na primeira quinzena foi amenizada pelos seguintes fatores: maior demanda por etanol no mercado externo e de álcool para fins sanitários, além da manutenção da competitividade do biocombustível nos principais centros consumidores do mercado nacional”, explica o diretor técnico. "No caso do etanol anidro, observamos aumento das transferências para outras regiões e menor competição com o produto importado", acrescentou Rodrigues.
No acumulado desde o início da safra 2020/2021 até 16 de julho, as vendas de etanol pelas empresas do Centro-Sul totalizaram retração de 21,48%, somando 7,56 bilhões de litros. Desse total, 572,97 milhões de litros foram destinados à exportação e 6,99 bilhões ao mercado interno.
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