Retração do produtor americano e risco climático limitam oferta de soja, que só vai reaparecer com preços acima dos US$9/bushel

Publicado em 03/07/2020 17:17 e atualizado em 05/07/2020 14:58
Mário Mariano Moraes Júnior - Analista da Novo Rumo Corretora
Modelo europeu aponta para clima quente e seco nos EUA o que pode prejudicar principalmente o milho

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Entrevista com Mário Mariano Moraes Júnior - Analista da Novo Rumo Corretora sobre o Mercado da Soja

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O mercado brasileiro de soja encerrou a semana com poucos negócios e preços estáveis nesta sexta-feira (3) no interior do país sem a referência da Bolsa de Chicago, que não operou frente ao feriado do Dia da Indepndência comemorado nos EUA. A exceção ficou por conta de praças de Mato Grosso, onde as cotações subiram mais de 2%, com Rondonópolis e Alto Garças, por exemplo, os indicativos chegaram a R$ 112,00 por saca. 

Nos portos, as referências recuaram, acompanhando a baixa do dólar. A moeda americana fechou com queda de 0,55% e valendo R$ 5,32. Em Paranaguá, a soja disponível fechou com R$ 113,0 e a nova, R$ 106,00, com perdas de 1,31% e 0,93%. Em Rio Grande, R$ 112,50 e R$ 105,00 por saca, caindo 1,32%e 1,41%. 

O ritmo é mais lento neste momento com muito das safras disponível já são tão altos que afastam um pouco mais os sojicultores de novas vendas neste momento. Os preços são muito atrativos, têm suporte também nos bons prêmios pagos pela soja nacional - dada a oferta limitada e disputada entre exportação e demanda pela indústria brasileira. 

MERCADO INTERNACIONAL

No mercado internacional, as cotações seguem acompanhando o desempenho da demanda chinesa nos EUA, bem como o desenvolvimento da nova safra americana. 

As compras de produtos agrícolas da China no mercado dos Estados Unidos continuam acontecendo à conta-gotas e, de acordo com analistas internacionais, continuam sinalizando que poderiam não alcançar as metas definidas na fase um do acordo comercial entre os dois países. Segundo informações da agência de notícias Bloomberg, em maio, alguns volumes até foram bastante importantes para o montante total - principalmente de trigo, milho, algodão e carne de porco - porém, ainda precisam ser crescer.

Em maio, as maiores compras foram as de carne de porco, enquanto a soja ficou bem no final da lista, marcando suas mínimas desde dezembro de 2018. O reflexo desse movimento se deu com exportações recordes de soja no Brasil no mesmo período, e com os embarques nacionais superando 60 milhões de toneladas somente no primeiro semestre de 2020. 

Leia mais:

>> Compras agrícolas da China nos EUA ainda estão distantes de metas da Fase Um do Acordo

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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