Preço do suíno vivo em MG se descola dos demais estados produtores

Publicado em 30/06/2020 11:31 e atualizado em 30/06/2020 12:19
João Carlos Bretas Leite - Presidente da Asemg
De acordo com liderança do setor no Estado, valor de comercialização do animal é remunerador; dica é para que o suinocultor aproveite para fazer caixa

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Entrevista com João Carlos Bretas Leite - Presidente da Asemg sobre o Mercado de Suínos em Minas Gerais

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A lei da oferta e da demanda é o principal que vem puxando os preços do suíno vivo para cima em Minas Gerais. De acordo com o presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), João Carlos Bretas Leite, Minas Gerais produz menos suínos do que abate, e como é preciso trazer animais de outros Estados para suprir a demanda, o suinocultor mineiro embute nos preços as taxas e impostos para equiparar os valores com os animais que vêm de fora.

Em outros Estados os preços estão em cerca de R$ 4,80/kg, como São Paulo, ou até R$ 3,90/kg, como é o caso do Mato Grosso.

Atualmente, o valor do suíno vivo sugerido pela Asemg é de R$ 5,50/kg, enquanto os frigoríficos pedem que o valor seja de R$ 5,30/kg. Os valores praticados no Estado são remuneradores, de acordo com Leite, já que os custos de produção giram em torno de R$ 4,50/kg a R$ 4,80/kg. 

"Nós temos muita precisão da informação sobre a suinocultura mineira em uma base de dados, com controle zootécnico da granja, que monitora desde quantos animais são vendidos, peso médio, datas das coberturas", explica. 

Segundo Leite, em breve, mais informações serão agregadas à base de dados, como número de animais abatidos e de exportações, o que vai tornar o controle de oferta em relação à demanda ainda mais preciso.

Apesar de os preços estarem positivos no momento, o presidente da Asemg afirma que é preciso que o suinocultor aproveite para fazer caixa, trabalhar capitalizado para enfrentar momentos ruins.

"A única certeza que temos é que os próximos meses serão de incerteza, já que não sabemos se essa doença (Covid-19) será controlada, se haverá novos lockdowns ou não", disse.

 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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