Petróleo cede mais de 6% e derruba commodities agrícolas nesta 4ª feira em Chicago e NY

Publicado em 24/06/2020 16:33

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O mercado financeiro passou para o lado negativo da tabela nesta tarde de quarta-feira (24), com o petróleo liderando as baixas entre as commodities. Os preços perderam mais de 6% na Bolsa de Nova York, deixando mais de US$ 2,00  por barril no WTI negociado na Bolsa de Nova York, depois de testarem suas máximas em três meses nas últimas sessões. 

No mesmo momento, caíam ainda soja, milho e trigo negociados na Bolsa de Chicago, açúcar, café e algodão na Bolsa de Nova York. Ainda na CBOT, perdiam também os preços do farelo e, principalmente, os do óleo de soja, que marcavam perdas de quase 2% entre as posições mais negociadas.

Segundo analistas internacionais, as baixas do petróleo são motivadas por preocupações com os estoques ainda elevados, registrando níveis recordes, e com a possibilidade de uma segunda onda do novo coronvírus, pesando ainda mais severamente sobre a retomada da economia global. 

"Por conta do aumento da produção e do aumento acima do esperado dos estoques, caminhamos no negativo", explica à CNBC o analista sênior da Price Futures Group, Phil Flynn. 

Mais do que isso, há um aumento no número de casos de Covid-19 nos Estados Unidos, China e América Latina. "Todos estes são importantes centros demandadores de petróleo. Uma segunda onda de infecções e de lockdowns vai prejudicar ainda mais a economia global, levando consigo a demanda e os preços da commodity", diz Stephen Brennock, corretor da PVM também à CNBC. 

E as expectativas já sinalizam que no terceiro trimestre do ano, a China, maior importadora mundial de petróleo, deva reduzir suas compras, depois de volumes recordes nos últimos meses. Na Índia, as importações registraram sua mínima desde outubro de 2011. 

O reporte da Agência de Informação de Energia (EIA) foi divulgado hoje e indicou um aumento dos estoques de gasolina em 19 de junho para 8,608 milhões de barris por dia, contra 7,87 milhões da semana passada. Em 2019, nesse período, porém, eram 9,466 milhões. Já a produção de etanol passou a 893 mil barris por dia, contra 841 mil há uma semana e 1,072 há um ano. Assim, os estoques americanos de etanol passaram a 21,043 mil barri, contra 21,346 da semana anterior. 

Ao lado das commodities, os índices acionários também operam com baixas intensas. As perdas entre os principais, mundo a fora, superavam os 2%. Da mesma forma, em um dia de aversão ao risco tão intensa e elevada, o dólar sobe frente ao real e a uma série de outras moedas. A divisa brasileira, porém, é uma das mais penalizadas, como geralmente acontece. A alta do dólar era de quase 3% e a divisa retomava os US$ 5,30. 

GRÃOS

Tanto os preços da soja, quanto os do milho no mercado futuro norte-americano estão intimamente ligados aos do petróleo. Assim, a baixa intensa do mesmo acaba por ter um peso ainda maior em um momento de falta de novidades fortes entre os fundamentos dos grãos.

Assim, os futuros da soja terminaram o dia perdendo mais de 4 pontos entre os principais contratos, com o julho valendo US$ 8,70, bem como o novembro. O agosto tinha US$ 8,67. 

No milho, as perdas foram mais tímidas e o mercado em Chicago encerrou a quarta-feira cedendo entre 0,75 e 4 ponto nos principais contratos, com o julho fechando o dia com US$ 3,24 e o dezembro, US$ 3,33 por bushel. O março/21 terminou o dia com US$ 3,44. 

Enquanto a economia mundial e sua possível - e muito distante - recuperação ainda preocupam, a nova sara norte-americana caminha em condições climáticas favoráveis em quase todo Corn Belt, com apenas problemas pontuais sendo registrados, sem qualquer ameaça generalizada à temporada 2020/21. Dessa forma, as informações do macrocenário ganham mais espaço entre os traders neste momento. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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