Na exportação, quem vem perdendo mais preço é o frango inteiro
Os dados consolidados da SECEX/ME relativos a maio passado apontaram que no mês o preço médio alcançado pela carne de frango exportada pelo Brasil caiu ao menor patamar da corrente década, retrocedendo a valores que não eram registrados desde o primeiro semestre de 2009. Mas qual dos quatro principais itens exportados mais interferiu nessa baixa?
Comparativamente a maio de 2019 a maior perda foi a da carne salgada, cujo preço sofreu redução de, praticamente, 17%. Vêm na sequência, por ordem, os industrializados (-9,62%), os cortes (-8,29%) e, com menor queda, o frango inteiro (-7,36%).
Porém, considerado um espaço de tempo mais amplo, ou seja, a presente década (isto é, de janeiro de 2011 para cá), quem vem apresentando a maior retração é, justamente, o frango inteiro, pois seu preço em maio correspondeu ao menor patamar do período analisado (113 meses). Por sinal, nesse espaço de tempo o preço médio obtido pelo frango inteiro girou em torno de US$1.593,00/t, com pico de US$2.120,75/t. Como, no mês passado, caiu para cerca de US$1.173,00/t, ficou mais de 26% abaixo da média e perto de 45% aquém do pico.
Quem apresenta quase a mesma situação é a carne salgada, cotada a US$1.933,16/t em maio passado. Está, ainda, 7% acima do piso (US$1.803,71/t em janeiro deste ano), mas se encontra cerca de 27% e 45% abaixo da média e do preço máximo (US$2.637,56/t e US$3.486,53/t, respectivamente).
Uma vez que alcançaram US$2.687,17/t em maio último, os industrializados de frango obtiveram preço quase 20% superior ao mínimo já registrado (US$2.249,66/t em dezembro de 2015), além de se encontrarem (embora abaixo) muito próximos da média até aqui registrada (US$2.773,73/t). Mas permanecem mais de 20% aquém do valor máximo já obtido (US$3.384,69/t).
Por fim, os cortes, principal item da pauta avícola: negociados por U$1.397,12/t no mês passado, ficaram 3,5% acima do mínimo (US$1.348,76/t em janeiro de 2016). Mesmo assim, foram negociados por valor 23% menor que a média do período (US$1.814,70/t), além de estarem perto de 40% abaixo do máximo já registrado (US$2.293,05/t).
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