Dólar volta a subir no Brasil, puxa soja nos portos, mas negócios ainda são limitados
O mercado da soja na Bolsa de Chicago continua operando com estabilidade no início da tarde desta terça-feira (16), mas passou a atuar do lado negativo da tabela. Assim, perto de 12h10 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 2,50 e 3,25 pontos nos principais vencimentos. O julho tinha US$ 8,65 e o agosto, US$ 8,67 por bushel.
Os traders esperam por novas informações para que os preços tenham oscilações mais intensas, como mudanças muito drásticas no clima dos EUA ou a continuidade da demanda da China no mercado norte-americano.
Enquanto isso, no Brasil o foco se volta para o dólar mais uma vez, já que a moeda americana voltou a superar os R$ 5,00 e trouxe algum incremento para os preços da soja nacional. Todavia, os negócios seguem em ritmo fraco diante de elevados percentuais de comercialização tanto da safra atual, quanto da safra nova.
"O dólar voltando a acima dos R$ 5,00 no Brasil traz os preços nos portos a R$ 110,00, de R$ 111,00 a R$ 112,00 para setembro e outubro. Para a safra nova, de R$ 100,00 a R$ 101,00, mas sem negócios. Os vendedores sumiram. Assim, a semana segue de calmaria no mercado da soja", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
Nesta tarde de terça-feira, o dólar subia 0,30% para ser cotado a R$ 5,16, por volta de 12h50 (Brasília).
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, a movimentação limitada das cotações reflete ainda as notícias que possam motivar oscilações mais intensas dos preços.
"No caso dos grãos, os fundamentos ajudam um movimento altista, visto que as condições das lavouras nos EUA não melhoraram conforme previsto e a China continua comprando dos EUA", resume o consultor de mercado da Cerealpar, Steve Cachia.
De acordo com o boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no final da tarde de ontem, o plantio da soja está concluído em 93% da área, contra 86% da semana passada. Em 2019, eram 72% e a média dos últimos cinco anos de 88%. O boletim mostra ainda que 88% dos campos de soja já germinaram, contra 67% da última semana, 75% de média dos últimos cinco anos e 49% da média dos últimos cinco anos.
Sobre a oleaginosa, 72% das lavouras estão em boas ou excelentes condições, 24% em condição regular e 4% em condições ruins/muito ruins. Os números são os mesmos da semana anterior.
Os traders seguem monitorando as condições de clima nos EUA, que permanecem favoráveis na maior parte do Corn Belt, e sem trazer grandes ameaças aos campos neste momento.
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