Domingo de manifestações esvaziadas; apesar do partidarismo da grande imprensa

Publicado em 14/06/2020 18:04

Cobertura do Estadão: 

Esvaziado, ato pró-Bolsonaro vira crítica a Doria; Paulista recebe opositores

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Cerca de 30 pessoas participam no início da tarde deste domingo, 14, de um ato inicialmente marcado em favor do presidente Jair Bolsonaro no centro de São Paulo. Esvaziado, o protesto virou uma crítica ao governador João Doria (PSDB). Por meio de faixas, manifestantes pedem a renúncia do tucano em frente à sede da Prefeitura. Já na Avenida Paulista, opositores ao governo federal começam a ocupar a calçada em frente ao vão do Masp e já fecham as pistas sentido centro.

Após acordo com a Polícia Militar, e em função de uma decisão judicial que impede a realização de atos a favor e contra ao mesmo tempo na Avenida Paulista, a via ficou reservada neste domingo a protestantes que fazem oposição ao governo. A PM acompanha a distância o posicIonamento de faixas e cartazes que pedem "Fora Bolsonaro".

O atos, mais uma vez, foi convocado por torcedores de futebol que se têm se manifestado politicamente por meio do movimento Somos Democracia. Segundo Danilo Pássaro, fundador do grupo, representantes de torcidas organizadas de 14 Estados entraram em contato com ele durante as últimas semanas e devem aderir ao ato deste domingo em suas capitais.

"Fizemos reuniões online com representantes de torcidas de 14 estados", disse Pássaro. Apesar da presença do Somos Democracia estar restrita a 14 Estados e o DF, a estimativa dele é que 18 Estados registrem movimentações, pois, além dos torcedores, os atos devem congregar coletivos ligados ao movimento negro e outras entidades, como a Frente Povo Sem Medo.

De acordo com o advogado Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) - entidade ligada à Frente Brasil Popular, que não aderiu formalmente aos atos -, vários grupos populares vão comparecer às manifestações para se opor ao fascismo e em defesa da democracia, como a Frente Povo Sem Medo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a própria CMP.

Reuters: São Paulo tem atos contra e a favor de Bolsonaro

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(Reuters) - Manifestantes favoráveis e contrários ao presidente Jair Bolsonaro foram às ruas neste domingo, em São Paulo, em atos realizados em locais distintos e acompanhados de perto pela polícia.

Em maior número, o grupo de oposição a Bolsonaro marchou pela Avenida Paulista após concentração em frente ao Masp. O ato foi convocado por grupos populares e contou com a participação de torcedores de times de futebol de São Paulo, como tem ocorrido nos últimos domingo.

Manifestantes levaram cartazes em defesa da democracia e pediram o impeachment do presidente da República, que é alvo de dezenas de pedidos de afastamento apresentados à Câmara dos Deputados. Uma enorme faixa "Fora Bolsonaro" foi aberta na avenida.

O protesto a favor do presidente ocorreu nos arredores do Viaduto do Chá, perto da sede da Prefeitura de São Paulo. Participantes levaram cartazes com críticas ao governador de SP, João Doria (PSDB), um dos principais adversários políticos do presidente.

Assim como no fim de semana passado, os atos foram realizados em locais diferentes para evitar conflitos, depois de terem sido registrados tumultos em atos no fim do mês passado, em que a polícia usou bombas de efeito moral para evitar que grupos favoráveis e contrário ao presidente entrassem em confronto na Avenida Paulista.

Policiais militares estavam presentes em ambos as manifestações deste domingo, mas não houve registro de ocorrências.

Imagens exibidas ao vivo pela Globonews por volta das 15h mostraram um número maior de manifestantes no ato contra o presidente do que na manifestação dos apoiadores. A Polícia Militar não divulgou estimativas de presentes.

Apesar de a maioria dos manifestantes estar usando máscara, os protestos resultaram em aglomerações, o que contraria recomendação das autoridades de saúde para frear a disseminação da Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

Neste domingo também houve um ato de apoio ao presidente em Brasília, onde manifestantes se reuniram em frente ao quartel-general do Exército e levaram cartazes defendendo o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os apoiadores de Bolsonaro não puderam se reunir na Esplanada dos Ministérios, como costumam fazer aos domingos, uma vez que o governo do Distrito Federal fechou o local para carros e pedestres.

A decisão foi tomada por decreto publicado na noite de sábado depois que um grupo de apoiadores de Bolsonaro subiu na parte externa do prédio do Congresso Nacional e tentou invadir áreas restritas, após ser expulso mais cedo pela polícia do DF de um acampamento na Esplanada.

Governo do DF fecha Esplanada dos Ministérios; apoiadores de Bolsonaro fazem ato em frente a QG do Exército

Apoiadora do presidente Jair Bolsonaro durante ato em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília

  • Apoiadora do presidente Jair Bolsonaro durante ato em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília 14/06/2020 REUTERS/Adriano Machado

 

 

(Reuters) - O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), fechou a Esplanada dos Ministérios para carros e pedestres neste domingo, proibindo a realização de protestos em um local onde apoiadores do presidente Jair Bolsonaro tradicionalmente se reúnem aos domingos para manifestar apoio ao governo e atacar os demais Poderes.

Apesar do fechamento da Esplanada, apoiadores de Bolsonaro voltaram a se manifestar neste domingo, como têm feito semanalmente, com cartazes e palavras de ordem contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Houve uma aglomeração de apoiadores em frente ao quartel-general do Exército.

A decisão de fechar a Esplanada foi tomada por decreto publicado na noite de sábado depois que um grupo de apoiadores de Bolsonaro subiu na parte externa do prédio do Congresso Nacional e tentou invadir áreas restritas, após ser expulso mais cedo pela polícia do DF de um acampamento na Esplanada.

O acampamento era do grupo "Os 300 do Brasil", de inspiração paramilitar, que se autodenomina como movimento de militância bolsonarista. [nL1N2DQ097]

Na noite de sábado, apoiadores do presidente também protestaram em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e lançaram fogos de artifício em frente ao local.

"O fechamento leva em consideração as aglomerações verificadas na Esplanada nos últimos dias. Manifestações que contrariam as normas sanitárias de combate ao novo coronavírus. O governo também está atento às ameaças declaradas, por alguns manifestantes, aos Poderes constituídos", disse o governo do DF em nota sobre o decreto. O trânsito de veículos e pedestres foi "proibido entre 00h e 23h59 deste domingo", segundo o decreto.

Apoiadores de Bolsonaro têm realizado protestos semanalmente aos domingos na Esplanada com pedidos de fechamento do Congresso e do Supremo. O próprio presidente costuma comparecer aos atos em frente ao Palácio do Planalto para cumprimentar os manifestantes.

Entre o grupo de apoiadores do presidente, que se reuniu em frente ao quartel-general do Exército neste domingo, alguns manifestantes também gritaram palavras de ordem e levaram cartazes contra o Congresso e o Supremo, além de pedir a saída do governador do DF.

Apesar de manifestantes estarem usando máscara, houve aglomeração de pessoas, o que contraria recomendação das autoridades de saúde para frear a disseminação da Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

O decreto do governo do DF acrescentou que manifestações na Esplanada dos Ministérios serão admitidas desde que comunicadas com antecedência e autorizada pela Secretaria de Segurança.

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Fonte:
Reuters/Estadão Conteúdo

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