USDA anuncia nova venda de soja para a China nesta 3ª e preços sobem em Chicago
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou novas vendas de soja para a China nesta terça-feira (26). Foram 264 mil toneladas, sendo 66 mil da safra 2019/20 e 198 mil da safra 2020/21. O reporte trouxe ainda a venda de 216 mil toneladas de farelo de soja para destinos não revelados, sendo todo o volume da temporada atual.
As vendas vieram mesmo diante de algumas preocupações do mercado com as relações entre China e Estados Unidos. No último domingo, a nação asiática acusou os EUA de estarem dando início a uma nova Guerra Fria após declarações pesadas vinda de Washigton sobre Pequim e o controle do novo coronavírus.
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Agora, o mercado teme que as compras chinesas no mercado norte-americano não sejam tão fortes e presentes como se espera e como precisam ser para aliviar os estoques dos EUA e, então, promoverem uma recuperação mais consistente dos preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago.
Enquanto isso e, apesar deste novo anúncio, a demanda da China ainda se mostra bastante presente no Brasil. A disponibilidade de produto por aqui, todavia, é cada vez mais ajustada. Assim, segundo explicam analistas e consultores de mercado, os chineses terão que, em dado momento, buscar mais da commodity americana.
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BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja retomaram os negócios no pós feriado operando em campo positivo e vêm intensificando os ganhos na manhã desta terça-feira. Por volta de 10h55 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 7,50 e 9,50 pontos nos principais contratos, com o julho sendo negociado a US$ 8,42 e o agosto, US$ 8,45 por bushel.
De acordo com os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc., o mercado sobe com os especuladores na ponta compradora e diante da baixa do dólar que se observou nesta segunda-feira (25) frente ao real. A moeda americana despencou mais de 2% e fechou a R$ 5,45.
De outro lado, o mercado segue pressionado pela falta de compras da China nos EUA e pela escalada das tensões entre os dois países. No último domingo (24), o ministro de relações exteriores da China acusou os EUA de estarem iniciando a nova Guerra Fria, após declarações duras de Donald Trump e mais representantes de seu governo sobre a China e o Covid-19.
"Há um movimento mais forte na soja hoje, mas qualquer movimento mais longo disso irá depender das exportações de soja dos EUA para a China", diz o diretor da corretora IKON Commodities, Ole Houe, à Reuters Internacional.
Ainda nesta segunda, o mercado se atenta também às informações que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz sobre os embarques semanais e também do avanço do plantio no país até o último domingo (24).
Este último reporte chega às 17h (Brasília), após o fechamento do mercado. As expectativas apontam que o plantio do milho possa estar concluído em 90% da área, contra 80% da semana passada, 55% de 2019 e 82% de média dos últimos anos. Para a soja, a projeção é de 70% da área plantada, contra 53% da última semana, apenas 16% do ano passado e 56% de média plurianual.
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