PF cumpre mandados de busca e apreensão em residências do governador do RJ Wilson Witzel
RIO DE JANEIRO/BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira mandados de busca e apreensão nas residências oficial e pessoal do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), como parte de uma investigação que apura supostas irregularidades na área de saúde e na instalação de hospitais de campanha para combater a pandemia de Covid-19, disseram duas fontes com conhecimento do assunto à Reuters.
As diligências acontecem no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, e no bairro do Grajaú, onde Witzel tem residência pessoal. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde os governadores têm prerrogativa de foro. Uma equipe da Polícia Federal de Brasília participa da operação.
Witzel teria sido citado por alvos de uma recente operação da Lava Jato que mirou pessoas que teriam obtido vantagens em contratos formados pela Secretaria de Saúde do Estado. Os benefícios ocorreriam desde a época do ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
Não foi possível contactar o governador imediatamente na manhã desta terça, mas em outras ocasiões Witzel negou qualquer participação nas alegadas irregularidades na secretaria estadual de Saúde.
Escritório da primeira-dama também é alvo de operação no Rio
A Operação Placebo, desencadeada nesta terça-feira para apurar indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública do coronavírus no Rio, também tem como alvo o escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel.
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça, 26, no Palácio Laranjeiras, mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governo estadual do Rio de Janeiro. Agentes estão no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel, na zona sul da capital fluminense, na casa em que o mandatário morava antes de assumir o governo Rio, no Grajaú, zona norte, e ainda no Palácio da Guanabara, sede oficial do governo fluminense.
Segundo a PF, há indícios de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro.
Agentes cumprem 12 mandados de busca e apreensão em endereços de São Paulo e no Rio de Janeiro. Já em São Paulo, os agentes vasculham a sede da Organização Social IABAS, que celebrou contrato de R$ 850 milhões com o governo do Rio para implantação de hospitais de campanha no Estado.
As ordens foram expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça - em razão das menções a Witzel, que tem foro privilegiado. Em nota, a Polícia federal informou que foram compartilhadas com a Procuradoria-Geral da República, dentro da investigação em curso no STJ, provas obtidas durante as investigações iniciadas no Rio de Janeiro pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal.
Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos citados. O espaço está aberto para manifestações.
2 comentários
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Ex juíz sai do governo e PF começa a ganhar autonomia de novo! Vem aí o Covidão!
Nos parece que o Moro estava atrapalhando o bom andamento do trabalho!!!
Pessoalmente acho que ele nao faria isso, mas deixaria os subordinados queridos, fazer essas coisas------ENTAO PODEMOS OBSERVAR QUE HAVIA PROCESSOS PARADOS EM GAVETAS
Rafael Antonio Tauffer Passo Fundo - RS
A imprensa no Brasil é uma vergonha. Vejamos os fatos: Polícia Federal deflagra operação contra desvios de dinheiro público no Rio de janeiro na residencia do governador Witzel, até aí blz, agora colocar no meio da matéria comentário sobre a troca de comando da PF e o depoimento de Paulo Marinho contra Flávio Bolsonaro é coisa de sem vergonha.
Esses fatos mostram que havia sabotagem dentro do proprio governo---PROCESSOS PARADOS E OUTROS CUTUCADOS A TODO INSTANTE-----SABOTAGEM E" A ATITUDE MAIS VELHACA QUE EXISTE------E MORO TINHA CONHECIMENTO DISSO