Mercado do boi gordo firme em meio à pandemia, por Scot Consultoria
Lucas Souza
engenheiro agrônomo
Scot Consultoria
Mercado interno
A demanda interna comedida, em função do quadro de pandemia, tem estabelecido um ritmo calmo nos negócios e, por causa do aumento da oferta de boiadas de final de safra, possibilitou um alongamento das escalas. Em função disso em boa parte das regiões monitoradas, aconteceram ofertas de compra a preços abaixo da referência, mas com poucos negócios concretizados.
Apesar do aumento de boiadas, a oferta está limitada, tendo em vista ser este um ano de retenção de fêmeas e de preços firmes para a reposição.
Além disso, o bom desempenho da exportação de carne tem transmitido firmeza ao mercado, em especial para o gado jovem (até quatro dentes) que recebe um ágio de até R$10,00 por arroba nos frigoríficos habilitados para exportação e que atendem à demanda chinesa.
Mercado externo
O Brasil exportou 78,67 mil toneladas de carne bovina in natura até a segunda semana de maio, com preço médio de US$4,40 mil por tonelada, o que representou um faturamento de US$346,36 milhões (Secex).
A média diária embarcada ficou em 7,86 mil toneladas, queda de 26,4% frente a média registrada na semana anterior. Na comparação ano a ano, o volume está 39,19% maior e a receita teve incremento de 57,96%.
O principal destino dos embarques é a Ásia, com destaque para China e Hong Kong, que representaram 50% e 11%, respectivamente, do faturamento com a exportação de carne bovina in natura entre janeiro e abril desse ano.
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