Boi Gordo, por Scot Consultoria: Consumo interno sem força
Lucas Souza
engenheiro agrônomo
Scot Consultoria
Conjuntura
Com o consumo interno sem força, e a compra de boiadas pelos frigoríficos “sem gás” para atender a esse consumo, a oferta de bovinos é o fator de oscilação de preços.
Em boa parte das regiões de pecuária monitoradas pela Scot Consultoria, a queda da capacidade de suporte das pastagens em função do clima tem provocado um aumento de oferta de gado gordo.
Nesse cenário, sem a necessidade de alongar as escalas, as indústrias testam o mercado e, em alguns casos, os negócios têm sido fechados em valores menores na comparação dia a dia.
O contraponto é o mercado externo, com destaque para bovinos de até quatro dentes destinados ao mercado chinês, cujas ofertas de compra são de até R$10,00/@ acima da referência.
Dourados-MS
Em função desse quadro a cotação do boi gordo caiu em Dourados-MS em relação ao fechamento de ontem, 12 de maio. A queda foi de 1,1% ou R$2,00/@.
Na região, a cotação do boi gordo está em R$176,00/@, à vista, valor bruto, R$175,50/@, à vista, com o desconto do Senar e em R$173,00/@, livre de impostos (Senar + Funrural).
Covid-19 e o consumo interno
O Indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 4,2% em abril comparado a março, ficando em 95,6 pontos. Esse é o menor valor desde novembro de 2019.
Antes da gripe, em fevereiro, o índice estava em 99,3 pontos e fora o maior patamar desde abril de 2015.
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