Aproclima auxilia na consolidação dos dados de produção em MT

Base de dados do Programa Aproclima, criado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), passaram a ser utilizados como fonte oficial em relatórios do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Na ultima estimativa divulgada, o Imea traz a atualização das expectativas de safra de soja e milho em Mato Grosso com avaliações do histórico de chuva das estações meteorológicas do Programa.

Conforme o relatório de maio, o Imea utilizou também a base de dados do Aproclima para a consolidação da produtividade de soja da safra 2019/20, principalmente sobre a radiação e precipitação ocorrida em cada Região durante o ciclo produtivo de soja e milho. “Levando-se em conta que o Estado possui pouca informação meteorológica com histórico e qualidade, os dados do Aproclima vêm cobrir um vazio existente na área e auxiliar na consolidação dos dados de produção de Mato Grosso”, diz trecho do relatório.

Conforme o Superintendente do Imea, Daniel Latorraca, o Aproclima é um dos programas mais inovadores que o Instituto já trabalhou. “Esse projeto envolve toda distribuição, coleta de informações climáticas, temperatura, precipitação, análise e outros desdobramentos. Agora na fase três vamos avançar para a questão de pragas, de soltar alertas para riscos. A gente utiliza bastante dessas previsões para validar os nossos dados de produtividade. É uma parceria que tem gerado bons frutos, principalmente ao produtor, já que o clima é um dos fatores que mais impactam na produtividade”, destacou Latorraca.

O relatório também traz as previsões pluviométricas para o acumulado de 7, 15 e 30 dias nas principais cidades produtoras de todas as Regiões do Estado. A produtividade da safra de soja 19/20 foi consolidada na última divulgação do Imea, que apontou a maior safra da história, com média de 59,16 sc/ha no Estado. “As justificativas para tal aumento em relação ao último ano (5,56%) são baseadas nas boas condições de luminosidade ocorridas neste ciclo, aliadas às chuvas constantes em praticamente todas as Regiões”, pontua a estimativa

E sobre o milho, os meses de março e abril foram importantes para a definição de produtividade da segunda safra e a análise do acumulado de chuva ocorrida nesse período indicou volumes abaixo do esperado. “Para se ter uma ideia, nas Regiões Oeste e Sul as diferenças de precipitação foram de 54,05% e 66,81% no acumulado dos últimos 60 dias”, diz trecho do relatório.

Aproclima – Iniciativa inédita no país capaz de promover o gerenciamento de riscos nas lavouras, o projeto Aproclima traz um relatório mensal de acompanhamento climático que auxilia o produtor na tomada de decisões. O Programa possui 33 Estações Climáticas instaladas estrategicamente em propriedades rurais nos quatro cantos do Estado. Os produtores que aderiram à iniciativa conseguem, através do acesso pela Internet, acompanhar a variação de tempo em sua propriedade e as previsões climáticas, a exemplo do produtor Emerson Zancanaro que enaltece a importância do projeto.

“É uma das principais ferramentas da Aprosoja que traz um auxílio muito bom aos associados e demais produtores. É extremamente importante, pois ela fornece dados precisos sobre o clima que ajuda o produtor saber a hora certa para o plantio e para a colheita”, pontuou.

De acordo com o presidente da Aprosoja, Antonio Galvan, a finalidade é proporcionar mais garantias sobre a situação climática para a tomada de decisões. “O programa traz uma segurança muito maior ao produtor, principalmente em relação as chuvas, pois se baseia em meteorologia gerada por essas estações climáticas implantadas onde tem melhor corrente de ar, daí o produtor sabe a hora certa de plantar ou não”, ressaltou.

Sob a responsabilidade da Gerência de Defesa Agrícola da Aprosoja, a iniciativa conta com a parceria da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O Programa Aproclima foi lançado oficialmente em setembro de 2019 durante evento, na sede da Aprosoja, que contou com a palestra do professor PhD em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin (EUA), Luiz Carlos Molion.