Exportações de suínos em abril aumenta em 23,35% em volume; frango sobe só 0,92%

Publicado em 04/05/2020 16:52 e atualizado em 05/05/2020 02:13
Segundo especialista, baixa nas exportações de frango pode ser sinal de redução na produção devido à alta nos custos nas últimas semanas

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De acordo com dados divulgados na tarde desta segunda-feira (4) prela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne suína fecharam o mês com bom desempenho tanto em volume embarcado quanto em faturamento. Já a carne de frango teve apenas leve aumento no volume, mas em matéria de preço, ficou no vermelho. 

De acordo com Douglas Coelho, sócio da Radar Investimentos, para carne de aves, a válvula para regular a produção é mais flexível do que a suína, e a queda nas exportações pode estar muito mais ligada à intenção do granjeiro de alojar menos animais em função de custo alto, do que um encerramento da demanda. 

No caso da proteína de aves, o valor em mil dólares por média diária ficou 6,67 menor do que no mesmo mês do ano passado, comparando US$ 23.792,1 faturados este mês com os US$ 25.493,4 no ano passado. 

O preço por tonelada também caiu 7,53%, passando de US$ 1.603,9 em abril de 2019 para US$ 1.483,2 este ano. Os volumes embarcados aumentaram pouco, 0,92%, comparando a média de embarque diário de 15.894,4 toneladas no ano passado com as 16.041,4 em abril deste ano. 

Já no caso dos suínos, o desempenho do produto teve resultados positivos, mesmo com a pandemia do coronavírus. O aumento do faturamento em mil dólares por média diária foi 40,47% superior em abril de 2020, US$ 7.699,3, comparando com os US$ 5.481,1 no mesmo mês no ano passado. 

O preço por tonelada teve alta de 13,88%, chegando a US$ 2.448,1 este ano em comparação com US$ 2.149,8 ano passado. 

Em matéria de volume embarcado, o aumento foi de 23,35%, passando de 2.149,8 toneladas na média diária em abril de 2019 para 2.448,1 no último mês de abril. 
 
No caso da carne suína, Douglas Coelho explica que é fato que a demanda externa deve continuar bem aquecida porque há um déficit mundial da proteína.

"O plantel chinês está longe de ser recuperado, e houve um enxugamento, fechamento de mais de 20 unidades processadoras de bovinos e suinos nos Estados Unidos, e querendo ou não, nós temos produto de qualidade e o mercado conseguiu absorver um pouco".

Exportações de carne bovina e suína avançam em abril, diz Secex

(Reuters) - As exportações brasileiras de carne bovina subiram 2,9% em abril, enquanto as vendas externas da proteína suína avançaram 17,5% e os embarques de carne de aves caíram quase 4%, informou nesta segunda-feira a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A China voltou a intensificar compras das carnes bovina e suína do Brasil desde meados de março, quando a pandemia do coronavírus começou a dar sinais de controle no país.

De acordo com o Ministério da Economia, as exportações brasileiras para a Ásia cresceram 28,7% em abril ante igual mês do ano passado. Para China, Hong Kong e Macau a alta foi de 27,9%, enquanto para a Coreia do Sul o crescimento foi de 182,0%.

Em abril, as vendas externas de carne bovina in natura somaram 116,28 mil toneladas, de acordo com dados da média diária de embarques publicados pelo Secex, ante as 113 mil toneladas registradas um ano antes.

No setor de suínos, as exportações da proteína in natura alcançaram 62,9 mil toneladas, ante as 53,5 mil toneladas embarcadas pelo país em abril do ano passado.

Já no segmento de aves in natura, as vendas externas atingiram 320,82 mil toneladas em abril, queda de 3,86% versus abril de 2019.

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Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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