Café finaliza véspera de feriado com baixas em um dia marcado por OIC e dados da exportação brasileira

Após inicar o dia com poucas movimentações na Bolsa de Nova York (ICE Future US), o mercado futuro encerra a semana com quedas nos principais contratos de referência. Vale lembrar que a semana é mais curta por conta do feriado de Páscoa e as bolsas de Nova York e Chicago não operam na sexta-feira (10). 

Maio/20 encerrou com queda de 120 pontos, negociado por 118,60 cents/lbp, julho/20 recuou 115 pontos, negociado por 119,75 cents/lbp, setembro/20 teve queda de 120 pontos, valendo 120,95 cents/lbp e dezembro/20 registrou baixa de 115 pontos, cotado por 122,40 cents/lbp.

O mercado iniciou o dia com poucas movimentações de altas e baixas, mas recuou após a Organização Internacional do Café (OIC) divulgar que o consumo global de café em 2020 pode diminuir entre 2 e 3% por conta do Coronavírus.  "Do lado positivo, a OIC disse que a produção e as cadeias de suprimentos de café provavelmente serão "severamente interrompidas" à medida que o coronavírus se espalhar pelos países produtores de café", destacou o site internacional Barchart em sua análise diária. 

As preocupações com a demanda global de café permanecem à medida que a disseminação global da pandemia de Coronavírus forçou o fechamento de muitos restaurantes, cafés e bares em todo o mundo. Há também a incerteza dos embarques da bebida nos principais países produtores, sobretudo com as operações portuárias. 

Ainda falando da pandemia, a Starbucks afirmou que prevê uma quebra de 42% nos lucros no segundo trimestre de 2020. A empresa afirmou ainda que as receitas na China passaram por uma queda de 400 milhões de dólares em relação às expectativas, com um declínio de 50% nas vendas por lojas no trimestre encerrado em março.

"Segundo analistas, o mercado vem rolando posições para fora do contrato maio/20 em NY, à medida que espera pelo avanço dos trabalhos de colheita no Brasil, onde o clima segue favorável", afirmou o Conselho Nacional do Café. Ainda de acordo com a análise, a  Somar Meteorologia informa que uma massa de ar seco ganha mais força, amanhã, sobre parte do Sudeste do Brasil e o sol retorna no sul de Minas Gerais. Ocorrerão chuvas nas faixas norte mineira e do Espírito Santo, únicas localidades da Região onde o sol ainda não aparecerá no dia.

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Exportações 

Nesta quinta-feira (9) também foram divulgados os dados da exportação de café brasileiro referente ao mês de março. Segundo o Cecafé, O Brasil exportou em março deste ano 3,1 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, mantendo o mesmo patamar do volume exportado em março de 2019. A receita cambial gerada no mês com as exportações foi de US$ 423,72 milhões, aumento de 6,1% em relação a março de 2019. Já o preço médio da saca foi de US$ 135,72, alta de 6% na mesma comparação.

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Mercado Interno

O mercado físico brasileiro encerrou o pregão com poucas movimentações nas principais praças produtoras do país. No mercado físico, as cotações seguiram com certa firmeza, refletindo a demanda aquecida e as preocupações com a oferta

O tipo 6 duro teve queda de 3,33% em Araguarí/MG, estabelecendo os valores por R$ 580,00. Patrocínio/MG teve queda de 0,84%, valendo R$ 590,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 600,00. Poços de Caldas/MG manteve o valor de R$ 590,00, assim como Varginha/MG que também encerrou sem variações, valendo R$ 590,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 0,78%, valendo R$ 640,00. Guaxupé/MG manteve o valor R$ 645,00, Poços de Caldas/MG manteve o valor de R$ 570,00 e Varginha/MG também manteve a estabilidade por R$ 615,00. 

O tipo 4/5 registrou queda apenas em Franca/SP, com baixa de 1,64% e valendo R$ 600,00. Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 600, mesmo preço da cotação em Poços de Caldas/MG, também sem variações nesta quinta.  

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