Frango, ovo, milho e inflação em março de 2020 e na vigência do real
Considerados os preços alcançados no mercado paulista desde meados de 1994, época de implantação do real como novo padrão monetário brasileiro, em março passado o ovo voltou a apresentar evolução muito similar à do frango vivo, fato observado pela última vez no primeiro semestre de 2018.
Em outras palavras, graças às valorizações obtidas no bimestre fevereiro-março passado, o ovo encerrou o primeiro trimestre de 2020 com uma cotação média cerca de 433% superior à alcançada na época de implantação do real, ficando apenas 8,97 pontos percentuais abaixo da evolução do frango vivo, cujo preço acumula variação próxima de 442%. Quase um ano atrás (maio de 2019), a diferença entre os dois produtos chegou a superar os 260 pontos percentuais.
Seria adequado considerar esses índices uma valorização do frango e do ovo? De forma alguma, porquanto a inflação acumulada no mesmo período – aqui representada pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas – se encontra mais de 200 pontos percentuais acima, pois apresenta variação de mais de 660%.
Isso, porém, não é o pior. Porque ruim mesmo é o fato de a principal matéria-prima do frango e do ovo, o milho, ter ultrapassado novamente a inflação do real, acumulando em março variação muito próxima dos 700%.
Para exemplificar o que isso representa basta observar que, para obter o mesmo volume de milho de 1994, é preciso, agora, um volume de frangos vivos ou de ovos quase 50% maior.
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