Bolsonaro conversa com presidente Xi e diz que reforçou "laços de amizade" com China
SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira em sua conta no Twitter que conversou por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping, e reforçou com ele os "laços de amizade" do Brasil com a China, além de tratar das relações comerciais entre os dois países e discutir o novo coronavírus.
"Nesta manhã, em ligação telefônica com o presidente da China, Xi Jinping, reafirmamos nossos laços de amizade, troca de informações e ações sobre o Covid-19 e ampliação de nossos laços comerciais", escreveu o presidente em uma publicação acompanhada por uma foto em que aparece reunido com os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Tereza Cristina (Agricultura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).
Também em sua conta no Twitter, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, informou que os presidentes dos dois países concordam com a proposta da Arábia Saudita de realizar o mais rapidamente uma reunião virtual das nações do G20 que tratará de ações globais contra a epidemia de coronavírus. O encontro, que está sendo preparado, pode acontecer na próxima sexta-feira.
Wanming disse ainda que os presidentes conversavam sobre "importantes temas de interesse comum."
"Os dois presidentes reforçaram a necessidade de aumentar a cooperação no combate e controle da pandemia Covid-19, inclusive nos materiais médicos. Consideram que a única solução correta de vencer a pandemia com maior brevidade é a cooperação internacional", escreveu o embaixador.
O governo brasileiro quer ajuda da China com materiais para combate ao coronavírus. Com a epidemia sob controle, o país asiático teria máscaras, testes e equipamentos médicos, como respiradores, para serem doados, emprestados ou vendidos para o restante do mundo e o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, já afirmou que pretende negociar esses insumos com os chineses.
"O presidente Xi Jinping manifestou a solidariedade ao governo e ao povo brasileiros, faz voto pelo sucesso brasileiro o quanto antes no combate à Covid-19 sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro", em uma tentativa de por fim à crise diplomática aberta pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, na semana passada.
Em sua conta no Twitter, Eduardo acusou a China de ter causado a epidemia de coronavírus no mundo ao esconder informações e permitir que o vírus se espalhasse.
A afirmação causou protestos enérgicos da embaixada e do embaixador, que acusou o deputado de usar as mesmas táticas do governo dos Estados Unidos e tentar ser um porta-voz dos EUA no Brasil. A situação se agravou quando Wanming retuitou um tweet em que um brasileiro chamava a família Bolsonaro de um veneno para o país - que depois apagou.
O chanceler Ernesto Araújo, que participou do telefonema nesta terça, em nota, criticou o embaixador e, mesmo afirmando que a posição de Eduardo não refletia a do governo brasileiro, terminou por criar uma rusga ainda maior. Coube à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tentar recuperar a relação.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil e o principal comprador de commodities brasileiras.
Bolsonaro e Xi Jinping discutiram ampliar parceria comercial, diz embaixador (Estadão)
A ligação telefônica na manhã desta terça-feira, 24, entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da China, Xi Jinping, reafirmou a necessidade de estabilizar e ampliar a relação comercial entre os dois países, principalmente durante a crise do novo coronavírus. A informação foi divulgada no Twitter pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Segundo o diplomata, os dois líderes também discutiram a cooperação no combate à pandemia, incluindo materiais médicos.
"Ambos reiteraram o compromisso com a estabilização e ampliação da parceria comercial, com especial neste contexto desafiador, contribuindo responder ao impacto causado pela covid-19 à economia mundial e se empenhar para retomar o crescimento econômico e comercial no mundo", escreveu.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Só em 2019, o país asiático comprou US$ 65,4 bilhões em produtos brasileiros
Já em queda nos casos de coronavírus, a China também tem oferecido apoio a outros países. Segundo o embaixador, os dois presidentes reforçaram a necessidade de aumentar a cooperação para combater a pandemia.
"Os dois presidentes reforçaram a necessidade de aumentar a cooperação no combate ao controle da pandemia covid-19, inclusive nos materiais médicos. Consideram que a única solução correta de vencer a pandemia com maior brevidade é a cooperação internacional", divulgou o embaixador chinês.
De acordo com Yan Wanming, Bolsonaro e Xi Jinping manifestaram a importância da cooperação do G-20 e apoiaram a proposta da Arábia Saudita de realizar uma videoconferência com os líderes dos países.
Segundo Yan Wanming, a conversa entre os dois líderes ocorreu em um "ambiente muito cordial e amistoso". Pouco antes, Bolsonaro já havia publicado que o contato reafirmou os "laços de amizade" O telefonema ocorreu seis dias depois de uma crise diplomática causada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, que acusou a China de ter escondido informações sobre o início da pandemia do coronavírus.
"O presidente Xi Jinping manifestou a solidariedade ao governo e ao povo brasileiros, faz voto pelo sucesso brasileiro o quanto antes no combate à covid-19 sob liderança do presidente Jair Bolsonaro", publicou o embaixador chinês.
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Tiago Gomes Goiânia - GO
O clã Bolsonaro e seus mundos paralelos... De um lado joga informações para entreter sua militância esquizofrenicamente "anti comunista" e mantê los ativos e de outro, no mundo real, segue a vida com nosso maior parceiro comercial.
Me lembra muito o Lula que no mundo real mantinha boas relações com os paises detentores do capital, mas para entreter e manter ativa sua militância igualmente fanática falava em acabarmos com os barões do capitalismo e com o latifundio e darmos bem estar ao povo.Fonte: Reuters, extremamente confiável.
E bota confiável nisso, Rodrigo! Tipo Fôia e outras porcarias... aliás já chamei a atenção do NA estar replicando notícias desses sites 'altamente confiáveis'!