Hubei, epicentro do coronavírus na China, zera casos suspeitos da COVID-19
Wuhan, 18 mar (Xinhua) -- A Província de Hubei, no centro da China, relatou zero novos casos suspeitos da doença pelo novo coronavírus (COVID-19) por dois dias consecutivos, informou na quarta-feira a comissão provincial de saúde.
O número de casos suspeitos existentes foi reduzido a zero após a exclusão de três casos suspeitos na terça-feira.
A província severamente afetada pela doença registrou um novo caso confirmado e 11 mortes na terça-feira, elevando o total dos casos confirmados da COVID-19 para 67,8 mil.
Na terça-feira, Hubei não relatou novos casos confirmados da COVID-19 por 13 dias consecutivos em suas 16 cidades e sub-regiões fora de Wuhan.
Wuhan teve só 1 caso confirmado de COVID-19
Wuhan, 18 mar (Xinhua) -- O único novo caso confirmado da doença do novo coronavírus (COVID-19) na terça-feira em Wuhan, no centro da China, foi numa "clínica de febre", informou a comissão de saúde da cidade.
O paciente é gerente de mercado de vegetais do distrito de Jianghan. A comissão inferiu que a fonte da infecção era de exposição no mercado ou contato com pessoas no mesmo.
As clínicas de febre em Wuhan receberam um total de 630 pacientes das 18h de segunda-feira às 18h de terça-feira, 32 a mais do que nas 24 horas anteriores.
A cidade também realizou testes de ácido nucleico em 12.663 pessoas na terça-feira.
A Província de Hubei, onde Wuhan é a capital, relatou um novo caso confirmado e 11 mortes na terça-feira.
Mais de 42 mil trabalhadores médicos de todo o país foram despachados para ajudar Hubei a combater a epidemia desde o surto do vírus, e 15 equipes de assistência médica deixaram a província na terça-feira, com a situação epidêmica em Hubei diminuindo bastante.
Parte continental chinesa confirma 13 novos casos da COVID-19
Beijing, 18 mar (Xinhua) -- A autoridade de saúde chinesa informou nesta quarta-feira que recebeu relatos de 13 casos recentemente confirmados da infecção do novo coronavírus e 11 mortes na terça-feira na parte continental chinesa.
Todas as mortes foram registradas na Província de Hubei, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde.
Também na terça-feira, 21 novos casos suspeitos foram relatados. Ao todo, 922 pessoas receberam alta do hospital, enquanto o número de casos graves diminuiu em 208, para 2.622.
Os casos confirmados na parte continental chinesa chegaram a 80.894 no final da terça-feira, incluindo 8.056 pacientes ainda em tratamento, 69.601 que receberam alta e 3.237 pessoas que morreram da doença.
A comissão afirmou que 119 pessoas ainda são suspeitas de estarem infectadas com o vírus.
A entidade acrescentou que 9.222 contatos próximos ainda estão sob observação médica. Na terça-feira, 1.014 pessoas foram liberadas do monitoramento.
Doze casos importados foram relatados no mesmo dia na parte continental chinesa. Entre eles, cinco na Província de Guangdong, três em Beijing, três em Shanghai e um na Província de Sichuan. Até o final da terça-feira, 155 casos importados foram relatados, informou a comissão.
Ao mesmo tempo, 167 casos foram confirmados, incluindo quatro mortes, na Região Administrativa Especial de Hong Kong, 13 na Região Administrativa Especial de Macau e 77 em Taiwan, incluindo uma morte. Noventa e dois pacientes em Hong Kong, 10 em Macau e 22 em Taiwan receberam alta após a recuperação.
Beijing relata três novos casos importados da COVID-19
Beijing, 18 mar (Xinhua) -- A capital chinesa reportou três novos casos da doença do novo coronavírus (COVID-19) provenientes de outros países na terça-feira, anunciou nesta quarta-feira a Comissão Municipal de Saúde de Beijing.
Os casos importados incluíram dois do Reino Unido e um da Espanha, elevando o total de casos importados na cidade para 43 até o final de terça-feira.
Na terça-feira, Beijing também registrou 11 novos casos suspeitos, cinco do Reino Unido, três da Espanha, um de Luxemburgo, um do Canadá e um do Brasil.
Não se registraram novos casos de transmissão local da COVID-19 em Beijing na terça-feira.
No geral, Beijing registrou um total de 458 casos confirmados. Destes, 373 receberam alta hospitalar após a recuperação.
Um voo da China Eastern Airline decola do Aeroporto de Shenzhen em Shenzhen, na Província de Guangdong, sul da China, em 27 de fevereiro de 2020. (Xinhua/Mao Siqian)
China emite alerta de viagem a países severamente afetados pelo coronavírus
Beijing, 18 mar (Xinhua) -- A China emitiu na noite desta terça-feira um alerta de viagem, pedindo que seus cidadãos se mantenham atualizados com a situação epidêmica do novo coronavírus no exterior e evitem viagens aos países severamente afetados.
O governo aconselha que os turistas chineses aumentem a consciência de segurança e avaliem plenamente o risco de infecção provocada por viagens ao exterior, de acordo com uma nota divulgada pelo Ministério de Cultura e Turismo.
Os turistas chineses devem abster-se temporariamente de viajar aos países de alto risco incluindo Itália, Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos, Suíça, Reino Unido, Holanda, Suécia, Noruega, Dinamarca, Áustria, Bélgica, Irã e a República da Coreia.
Vista aérea do Hospital Xiaotangshan em Beijing, 17 de março de 2020. (Xinhua/Ju Huanzong)
Mais de 600 médicos são enviados para hospital de SARS reaberto em Beijing
Beijing, 18 mar (Xinhua) -- Mais de 600 trabalhadores médicos de 22 hospitais de Beijing foram enviados para um hospital de tratamento da SARS que reabriu na segunda-feira em meio à crescente pressão da capital para lidar com casos importados de coronavírus, informaram as autoridades locais na terça-feira.
A partir das 17h00, até a meia-noite da segunda-feira, o hospital recebeu 35 passageiros aguardando exames de saúde no Aeroporto Internacional Capital de Beijing, com uma pessoa viajando do Reino Unido sendo confirmada, segundo a Comissão Municipal de Saúde de Beijing.
O hospital Xiaotangshan, localizado no subúrbio do norte da cidade, tem mais de 1.600 leitos após a reforma. Ele está sendo usado para receber os passageiros que aguardam exames de saúde, bem como casos importados suspeitos e confirmados em condições moderadas.
O hospital era usado anteriormente para colocar em quarentena e tratar pacientes com SARS, mas Beijing começou a reformar o hospital em 30 de janeiro como precaução diante do surto do novo coronavírus.
Cerca de 15 mil pessoas trabalharam na reforma, que foi concluída em 15 de março. Um total de 59.584 metros quadrados foram adicionados e 22.483 metros quadrados reformados, segundo a comissão.
A cena interior do Hospital Xiaotangshan em Beijing, 13 de março de 2020. (Foto por Pan Zhiwang/Xinhua)
China se opõe à estigmatização dos EUA por chamar o coronavírus de "vírus chinês"
Beijing, 18 mar (Xinhua) -- A China está fortemente indignada e se opõe firmemente à estigmatização dos EUA por chamar o novo coronavírus de "vírus chinês", e exigiu que os Estados Unidos corrijam seus erros e parem de fazer acusações infundadas contra a China, destacou na terça-feira Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Ele fez as declarações em uma entrevista coletiva ao comentar o tweet do presidente norte-americano, Donald Trump, escrito na segunda-feira, em que chamou o novo coronavírus de "vírus chinês".
"Recentemente, alguns políticos dos EUA conectaram o novo coronavírus à China, com o objetivo de estigmatizar a China", disse Geng. "Estamos fortemente indignados e nos opomos firmemente a isso."
A Organização Mundial da Saúde e a comunidade internacional se opõem clara e definitivamente à estigmatização que associa o vírus a países e regiões específicos.
"Pedimos que o lado norte-americano corrija imediatamente seus erros e pare de fazer acusações infundadas contra a China", enfatizou o porta-voz.
Dizendo que a doença causada pelo novo coronavírus foi registrada e está se propagando em muitos lugares ao redor do mundo, Geng assinalou que é imperativo que a comunidade internacional coopere na luta contra a pandemia.
O que os Estados Unidos devem fazer é gerenciar bem seus próprios negócios e desempenhar um papel construtivo na cooperação internacional na luta contra a pandemia, e na proteção de segurança global de saúde pública, segundo ele.
Bandeiras vistas na Plaça Tian'anmen e no topo do Grande Salão do Povo. (Xinhua/Yang Zongyou)
China refuta difamação dos EUA da política de integração civil-militar da China
Beijing, 18 mar (Xinhua) -- A China expressou nesta terça-feira forte insatisfação e oposição resoluta às repetidas e exageradas propagandas de difamação contra a política de integração civil-militar da China.
O secretário adjunto de Estado dos EUA, Christopher Ford, publicou na segunda-feira um artigo no site do Departamento de Estado dos EUA dizendo que a política de "fusão militar-civil" da China traz um desafio à segurança nacional e uma ameaça para os EUA e outros países.
É uma prática internacional habitual promover o desenvolvimento integrado de setores militares e civis, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, em uma entrevista coletiva, acrescentando que os EUA não são exceção.
"Até onde eu sei, o Departamento de Defesa Nacional e as Forças Armadas dos EUA conduzem vários projetos de cooperação com universidades, instituições de P&D e empresas privadas norte-americanas. Algumas empresas multinacionais norte-americanas são a 'fusão civil militar" por si próprio, já que suas operações e produtos comerciais cobrem os dois lados."
Geng disse que a política de integração militar-civil da China visa mobilizar efetivamente os recursos militares, coordenando o desenvolvimento econômico e social com o desenvolvimento da defesa nacional e beneficiando o público com o progresso científico e tecnológico.
"Essa política é válida. Não existe roubo ou desvio de tecnologia estrangeira", afirmou.
Algumas autoridades dos EUA distorceram a política de integração militar-civil da China por negligenciando maliciosamente os fatos e tentando colocar um embargo tecnológico à China sob esse pretexto, interrompendo e impedindo a cooperação econômica, comercial e tecnológica normal entre a China e outros países, indicou o porta-voz.
Essa prática, nascida da mentalidade da Guerra Fria, contraria o espírito de cooperação internacional e a tendência da época. Isso prejudica os interesses da China, dos EUA e os interesses comuns de todos, assinalou Geng.
"Quanto à alegação dos EUA de que a China representa uma ameaça à segurança global, gostaria de salientar que, de acordo com uma pesquisa do Centro de Pesquisa Pew em fevereiro no ano passado, 45% dos pesquisados acreditam que os EUA representam uma grave ameaça ao mundo."
A China pede aos EUA que adotem uma atitude responsável, parem suas acusações maliciosas e difamação contra a China, tenham uma visão objetiva da política de integração civil-militar da China e façam mais esforços para promover, em vez de prejudicar, as relações China-EUA e as cooperações internacionais, disse Geng.
China responde a ações restritivas norte-americanas contra mídia chinesa nos EUA
Beijing, 18 mar (Xinhua) -- A China anunciou nesta quarta-feira contramedidas para responder às ações restritivas contra agências de mídia chinesas nos Estados Unidos, segundo um comunicado oficial.
Segundo o documento, nos últimos anos, o governo norte-americano impôs restrições injustificadas às agências chinesas e seus funcionários nos Estados Unidos, propositadamente dificultou suas atividades normais de reportagem e os sujeitou a crescente discriminação e opressão politicamente motivadas.
Em dezembro de 2018, os Estados Unidos pediram que algumas organizações de mídia chinesas no território norte-americano se registrassem como "agentes estrangeiros". Em fevereiro de 2020, designou cinco entidades de mídia chinesas nos Estados Unidos como "missões estrangeiras" e impôs um limite ao número de funcionários, expulsando jornalistas chineses dos Estados Unidos.
Esse tratamento ultrajante gerou fortes representações da China. O país se opôs firmemente e condenou fortemente a medida dos EUA e enfatizou seu direito reservado de responder e tomar medidas, diz o texto.
A China anuncia as seguintes medidas, com efeito imediato:
Primeiro, em resposta à designação americana de cinco agências de mídia chinesas como "missões estrangeiras", a China exige, no espírito de reciprocidade, que os ramos da Voice of America, New York Times, Wall Street Journal, Washington Post e Time declarem, por escrito, informações sobre seus funcionários, finanças, operação e imóveis na China.
Segundo, em resposta à redução do número de funcionários dos meios de comunicação chineses nos Estados Unidos, que é simplesmente expulsão com outro nome, a China exige que jornalistas de cidadania americana que trabalham com New York Times, Wall Street Journal e Washington Post cujas credenciais de imprensa expiram antes do final de 2020 notifiquem o Departamento de Comunicação do Ministério das Relações Exteriores dentro de quatro dias corridos a partir desta quarta-feira e devolvam seus cartões de imprensa dentro de dez dias corridos. Eles não poderão continuar trabalhando como jornalistas na República Popular da China, incluindo suas regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau.
Terceiro, em resposta às restrições discriminatórias que os Estados Unidos impuseram aos jornalistas chineses em relação a vistos, revisão administrativa e reportagem, a China adotará medidas recíprocas contra jornalistas norte-americanos.
Segundo o comunicado, as medidas mencionadas são contramedidas absolutamente necessárias e recíprocas que a China é obrigada a tomar em resposta à opressão irracional que as organizações midiáticas chinesas experimentam nos Estados Unidos. Os atos são legítimos e justificados em todos os sentidos.
Os movimentos dos EUA que têm as organizações de mídia chinesas como objetivos exclusivos foram movidos por uma mentalidade da Guerra Fria e um viés ideológico. Manchou seriamente a reputação e a imagem dos meios de comunicação chineses, afetou seriamente sua operação normal nos Estados Unidos e interrompeu gravemente as trocas culturais e interpessoais entre os dois países. Portanto, expôs a hipocrisia da suposta liberdade de imprensa, diz o texto.
"A China exige que os Estados Unidos mudem de rumo imediatamente, desfaçam os danos e interrompam sua opressão política e restrições arbitrárias aos meios de comunicação chineses. Se os Estados Unidos decidirem seguir mais adiante, podem esperar mais contramedidas da China".
O documento assinala que a política estatal fundamental de abertura da China não mudou e não vai mudar. "Organizações midiáticas estrangeiras e jornalistas que cobrem matérias de acordo com leis e regulamentos são sempre bem-vindos na China e obterão assistência contínua do nosso lado".
"O que rejeitamos é o viés ideológico contra a China, notícias falsas feitas em nome da liberdade de imprensa e violações da ética no jornalismo. Esperamos que os meios de comunicação e jornalistas estrangeiros desempenhem um papel positivo no progresso do entendimento mútuo entre a China e o resto do mundo ", diz o comunicado.
Bandeiras nacionais da China (D) e dos Estados Unidos. (Xinhua/Bao Dandan)
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