Milho: Apesar de baixa intensa na B3, preços sobem até 4% no interior do BR nesta 2ª
O mercado do milho na B3, nesta segunda-feira (16), acompanhou as baixas de todas as principais commodities e, apesar das altas fortes do dólar - que fechou com R$ 5,04 e avanço de mais de 4% somente neste sessão -, recuaram de forma expressiva. As perdas variaram de 0,36% a 5,06%, como foi o caso do maio/20, que fechou o dia com R$ 50,12 por saca.
Embora o mercado do cereal no Brasil tenha bastante suporte neste momento, as cotações acompanhavam as perdas generalizadas das demais commodities, não só na B3, mas em todos os principais mercados em todo mundo.
Ao mesmo tempo, o dólar fechou com forte alta neste início de semana, refletindo a forte aversão ao risco pelo qual passam os mercados de forma generalizada. A Ibovespa nesta primeira sessão da semana já teve de acionar, mais uma vez, o circuit break diante das baixas intensas e seguiu caindo forte na retomada das negociações.
"O circuit breaker foi acionado às 10:24, após o Ibovespa cair 12,53%, a 72.321,99 pontos, o quinto do mês em meio à forte volatilidade nos mercados devido ao vírus e seus efeitos econômicos. O mecanismo voltará a ser disparado se o Ibovespa cair 15%, e aí os negócios serão suspensos por 1 hora", informou a agência de notícias Reuters.
No interior, as referências de preços também subiram de forma significativa e chegaram a registrar ganhos de até 4,44%, como foi o caso de São Gabriel do Oeste, em Mato Grosso do Sul, onde o fechamento ficou em R$ 47,00 por saca. Base Campinas, o preço permaneceu estável nos R$ 59,59.
No porto de Paranaguá, o indicativo permanece nos R$ 45,00 por saca.
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, os futuros do cereal também operaram no vermelho, pressionados severamente pelas notícias ligadas ao coronavírus e pelas agressivas reações dos mercados. E o mercado foi intensificando suas perdas ao longo do pregão.
O contrato maio/20 cedeu 11 pontos, para fechar com US$ 3,54 e o julho, US$ 3,58, com perda de 10 pontos.
A aversão ao risco é intensa diante do crescimento do movimento especulativo no mercado, que tenta antecipar quais serão os reais impactos do vírus na economia global. Instituições de todos os tipos, mundo a fora, já reduzem drasticamente suas projeções para o crescimento econômico global e promovem um pânico generalizado.
Em todo mundo já são mais de 7 mil mortes causadas pelo Covid-19, mais do que o total registrado na China, de 3217, local onde começou o surto. No Brasil, são 234 casos confirmados e mais de 2 mil suspeitos.
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