Boi: Negócios com @ seguem descolados entre mercado futuro, que despenca e mercado físico, que segue firme

Publicado em 16/03/2020 12:56 e atualizado em 16/03/2020 14:11
Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA
Cenário de incerteza prevalece e entre as dúvidas estão: demanda interna seguirá firme? Demanda externa , com China, vai se intensificar? Teremos mobilidade logística para atender possível demanda internacional?

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Entrevista com Cesar de Castro Alves - Consultor de Agronegócio do Itaú BBA sobre o Mercado do Boi Gordo

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O avanço do coronavírus na América e as incertezas de mercado estão impactando as negociações no mercado futuro do boi gordo que já operam abaixo dos R$ 180,00/@. Em contrapartida, o mercado físico segue com valores sustentados ao redor de R$ 200,00/@ no estado de São Paulo.

Segundo o consultor em Agronegócio do Itaú BBA, Cesar de Castro Alves, os mercados estão muito sensíveis as informações sobre a disseminação do coronavírus. “Pela a amplitude de governo e do banco central, o avanço da doença é muito sério e isso está afetando a demanda por commodities agrícolas e o boi gordo não consegue final imune a tudo isso”, afirma.

Apesar de ter um consumo sólido no mercado interno e notícias de que a China está se estabelecendo em termos logísticos, ainda tem uma incerteza se o crescimento mundial em outros países não vai prejudicar a demanda por alimentos. “É isso que os mercados futuros, principalmente o boi, estão precificando. Eu imagino que podemos ter dias difíceis pela a frente”, relata.

Por outro lado, as referências no mercado físico seguem sustentadas acima dos R$ 200,00/@. “Esse descolamento entre o mercado físico e o futuro ainda vai continuar diante das incertezas do mercado. Me preocupa muito como vai ser em curto prazo e como vamos lidar com essa situação, é razoável imaginar que os frigoríficos vão diminuir o ritmo de atividade”, destaca.

O consultor reforça que os pecuaristas que contam com animais terminados é melhor esperar para ver como as coisas vão acontecer. “Não pode se apavorar é o momento de segurar o animal e evitar as compras já que os preços dos bezerros estão elevados. É difícil imaginar qual será o preço no nosso pico de safra”, finaliza.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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