Coronavírus permanece no centro dos mercados e commodities têm 2ª feira de novas baixas fortes
O mercado de commodities tem novo dia de perdas generalizadas nesta segunda-feira (16) e, mais uma vez, lideradas pelo petróleo. Em Nova York, na manhã de hoje, por volta de 7h45 (horário de Brasília), era de quase 6%, levando o barril do WTI a US$ 30,22 e o brent, em Londres, tinha US$ 31,02, caindo mais de 8%.
Na Bolsa de Chicago, o mercado da soja cedia mais 5 pontos entre os principais vencimentos, com o maio sendo cotado a US$ 8,41 e o julho a US$ 8,49 por bushel. Os futuros do milho perdiam pouco mais de 3 pontos e os do trigo, algo acima de 4 entre as posições mais negociadas .
Em Nova York, segunda-feira também bastante negativa para as softcommodities, com o açúcar liderando as perdas, que passam de 3%. Na sequência, o algodão com baixas superiores a 2,5% e o café, recuando mais de 1% nos principais contratos.
O ouro, apesar de ser o fiel da balança na maior parte das vezes, caminhando na contramão, também cai na manhã de hoje e, perto de 8h, cedia mais de 2%.
Os mercados seguem reagindo às notícias ligadas à pandemia do coronavírus, com os investidores buscando antecipar quais serão os reais impactos dessa crise para a economia global.
O FED, o banco central norte-americano, voltou a cortar as taxas de juros neste domingo, buscando trazer algum estímulo à economia dos EUA. No Japão, o BC informou que irá cobrar juro zero das empresas, além de injetar dinheiro no mercado.
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"A expectativa para esta semana é de que as atualizações sobre o Covid-19 devem continuar ditando a direção dos preços. Agora que os EUA declararam emergência nacional devido ao surto do coronavírus, o mercado tende a ficar ainda mais suscetível a mudanças a toda hora no humor de traders e investidores", explica Steve Cachia, consultor de mercado da AgroCulte e da Cerealpar.
O mercado, no entanto, segue nas expectativas de que uma vacina possa ser logo disponibilizada para, ao menos, estancar as perdas e pelas preocupações que são crescentes e se intensificam com rapidez. "Mas, até la, a postura dos investidores tende a continuar sendo uma de cautela e proteção", completa Cachia.
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