China registra apenas 11 novos casos e declínio na disseminação; o epicentro agora está na Europa
Beijing, 14 mar (Xinhua) -- Os números de casos confirmados e suspeitos da doença do novo coronavírus (COVID-19) na parte continental da China vêm caindo continuamente há quase uma semana, disse Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, neste sábado.
A parte continental da China registrou 11 novos casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus na sexta-feira, de acordo com o relatório diário da comissão.
Cerca de 72,9% dos pacientes com COVID-19 em Wuhan, capital da Província de Hubei e também o epicentro do surto, receberam alta hospitalar após a recuperação, informou Mi, observando que a taxa de recuperação tem aumentado na última semana.
Mi disse que a grande maioria das regiões chinesas está com baixo risco de disseminação do coronavírus com base no monitoramento em tempo real da epidemia.
Membros da equipe médica da Província de Qinghai, no noroeste da China, antes do fechamento do hospital temporário de Wuchang em Wuhan, na Província de Hubei, no centro da China, em 10 de março de 2020. (Xinhua/Fei Maohua)
Europa se torna epicentro da pandemia e está mobilizada para combater coronavírus
Paris, 13 mar (Xinhua) - A Europa, que se tornou o epicentro da pandemia do COVID-19, de acordo com o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) na sexta-feira, agora está totalmente mobilizada para elaborar medidas extraordinárias para conter a disseminação da pandemia do novo coronavírus.
"A Europa agora se tornou o epicentro da pandemia, com mais casos e mortes registrados do que o resto do mundo combinado à parte da China", observou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista diária em Genebra.
Na manhã de sexta-feira, 28.297 casos foram registrados na União Europeia, entre os quais 1.191 pessoas vieram à óbito, de acordo com o Centro Europeu de Prevenção de Doenças (CEPD).
A Itália, o país mais atingido, registrou 250 novas mortes por coronavírus, elevando o número para 1.266, com 17.660 infecções no total, um aumento de 2.547 desde a noite de quinta-feira.
Foram notificados aumentos de três dígitos ou quase quatro dígitos em grandes países, provocando prejuízos na Espanha (4.334 infecções e 122 mortes), França (3.661 e 79), Alemanha (3.062 e 8) e Reino Unido (798 e 11).
Os países de menores portes não sofreram menos. Na Holanda, o número de mortes aumentou de cinco para 10 em um dia, enquanto o total de positivos aumentou de 190 para 804. A Bélgica registrou 160 novas infecções, elevando o total para 559. Em Luxemburgo, um país de meio milhão de pessoas, pelo menos 29 foram infectadas.
MEDIDAS EXTRAORDINÁRIAS
Os países europeus do epicentro começaram a adotar medidas extraordinárias, incluindo o fechamento de escolas, proibição de reuniões, atraso nas eleições e fechamento de fronteiras em alguns lugares.
A Itália permanece trancada desde terça-feira, com um fechamento total de locais e atividades, mas para aqueles que fornecem suprimentos e serviços básicos, como supermercados, farmácias, transportes públicos, correios e bancos.
A Espanha declarou um estado de emergência que concede ao Estado amplos poderes para limitar a circulação de pessoas e veículos, permite a apreensão temporária de propriedades, obriga as pessoas a fornecerem determinados serviços, mobiliza o exército e impõe racionamento.
A França reduziu o limite de tamanho de reuniões para 100 pessoas, em vez de 1.000 anteriormente. Todos os berçários e escolas serão fechados a partir de segunda-feira.
Museus e bibliotecas são recomendados a limitarem suas atividades ou fecharem suas portas. Os dois marcos do país, o Museu do Louvre e a Torre Eiffel, seguiram imediatamente a diretiva do governo.
Na Alemanha, muitos estados anunciaram o fechamento de escolas. Na Bélgica, escolas, discotecas, cafés e restaurantes estarão fechados até o dia 3 de abril. Todas as atividades recreativas, esportivas, culturais ou folclóricas, públicas ou privadas e independentemente do tamanho, serão canceladas.
A Dinamarca planeja fechar suas fronteiras a partir do meio-dia de sábado. A partir de domingo, a Polônia proibirá a entrada de estrangeiros no país e as conexões aéreas e ferroviárias internacionais serão suspensas.
LONGA BATALHA À FRENTE
Apesar de medidas drásticas, os países europeus admitem que será uma longa batalha combater o novo coronavírus.
Ao anunciar o "estado de emergência", o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, reconheceu que essa era apenas a "primeira fase" da batalha e que "semanas muito difíceis estão por vir".
Era "impossível descartar que chegaremos a 10.000 casos na próxima semana", disse ele, acrescentando que as medidas visam impedir que o vírus se espalhe "muito rapidamente" e garantir que "as pessoas mais vulneráveis" possam ter o tratamento que elas precisam.
Ao se dirigir a sua nação, o presidente francês, Emmanuel Macron, também observou que a França está "apenas no início da epidemia" que levou o país à sua pior crise sanitária em um século.
Para o consultor científico chefe do governo britânico, Patrick Vallance, provavelmente entre 5.000 e 10.000 pessoas poderiam ter o COVID-19 no Reino Unido.
"Não é possível impedir que todos tenham (COVID-19) e também não é desejável, porque você quer alguma imunidade na população". Ele também disse que o principal objetivo é proteger os idosos vulneráveis contra o coronavírus.
AJUDA DA CHINA
Enquanto a China vê a luz no fim do túnel em sua luta contra o COVID-19, está ajudando os países europeus, muitos dos quais auxiliaram a China na fase inicial do surto.
Na noite de quinta-feira, um voo fretado transportando uma equipe de ajuda chinesa de nove membros, juntamente com toneladas de suprimentos médicos, chegou ao Aeroporto Fiumicino, em Roma, parte dos esforços da China para ajudar a Itália a conter o surto de coronavírus.
A equipe levou consigo mais de 700 equipamentos e produtos, incluindo ventiladores, monitores e desfibriladores.
"Trazemos aqui 30 conjuntos de equipamentos de UTI", disse à mídia depois de sair do avião um dos membros da equipe que usava uma máscara.
Na sexta-feira à noite, um avião transportando suprimentos médicos chineses para a Europa aterrissou em Liège, na Bélgica.
Os suprimentos foram doados por duas instituições de caridade, a Fundação Jack Ma e a Fundação Alibaba, e comportam meio milhão de máscaras, que serão enviadas para a Itália.
As duas instituições beneficentes estão doando um total de dois milhões de máscaras e outros suprimentos essenciais, como kits de teste.
Além de suprimentos médicos, a China também está compartilhando suas experiências no combate ao COVID-19.
"Ouvimos muitas informações novas que serão muito úteis", disse o principal epidemiologista croata, Bernard Kaic, à Xinhua após uma videoconferência de três horas na sexta-feira entre autoridades de saúde chinesas, especialistas e seus colegas europeus.
0 comentário
Milei, da Argentina, atua como substituto de Trump na cúpula do G20 no Rio
Dólar sobe ante real após escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia
Taxas de juros a partir de 2026 caem enquanto mercado espera por pacote fiscal
Estamos prontos para apoiar a Argentina, diz chefe do FMI após reunião com Milei
Ações caem com investidores em busca de segurança em meio a preocupações geopolíticas
Distribuidores de aços planos vendem 3% mais em outubro, diz Inda