França fecha lojas e restaurantes e pede que pessoas fiquem em casa
PARIS (Reuters) - A França vai fechar a maior parte das lojas, restaurantes e instalações de entretenimento a partir da meia noite deste sábado, e pedirá às pessoas que permaneçam em suas casas o quanto for possível para evitar a rápida disseminação do coronavírus, anunciou o primeiro ministro Edouard Philippe.
Ele falou durante uma coletiva de imprensa após a autoridade pública de saúde do país ter afirmado que 91 pessoas já morreram na França devido à doença, enquanto 4,5 mil estão agora infectadas.
"Eu decidiu fechar todos locais que não são indispensáveis, notadamente cafés, restaurantes, cinemas, casas noturnas e shoppings", afirmou o primeiro ministro. "Nós devemos limitar absolutamente nossos movimentos".
Exceções ao fechamento de lojas incluirão as que vendem comida, farmácias e postos de gasolina.
Philippe disse que o governo não teve alternativas porque muitas pessoas ainda estavam saindo às ruas, o que dificultava medidas cautelares como manutenção de uma distância segura de outras pessoas.
Isso, segundo ele, estava ajudando a acelerar a propagação do vírus.
A França já havia determinado o fechamento de escolas a partir da segunda-feira e orientado pessoas com mais de 70 anos a permanecerem em casa.
Philippe afirmou que o transporte público deve seguir aberto, mas que o governo espera que as empresas permitam que pessoas trabalhem de casa a partir de segunda-feira.
Ele disse, no entanto, que eleições locais no domingo acontecerão, embora sob estritas condições sanitárias.
Na Alemanha, Berlim e Colônia fecham bares e clubes em resposta ao coronavírus
BERLIM (Reuters) - Berlim e Colônia fecharão todos os bares, clubes, cinemas, teatros e salas de shows, em medida com efeito imediato, conforme a Alemanha intensifica seus esforços para evitar a propagação do coronavírus.
"O Senado de Berlim decidiu hoje que a partir de agora todos os eventos públicos e não públicos em Berlim com 50 ou mais participantes estão proibidos", disse o governo local em comunicado.
Museus, bordéis, piscinas e academias também fecharão na capital, que - como outros Estados alemães - está fechando as escolas a partir da próxima semana até o final do feriado da Páscoa. O pequeno Estado de Sarre, no oeste, fez o mesmo.
O sistema altamente descentralizado da Alemanha significa que cabe aos governos regionais decidir sobre os fechamentos.
O ministro da Saúde, Jens Spahn, pediu no sábado que as pessoas que retornam de Itália, Suíça e Áustria se auto-isolem por até duas semanas para ajudar a desacelerar a propagação do coronavírus.
"Especialmente viajantes e esquiadores que retornam da Suíça, Itália e Áustria devem ficar em casa o quanto for possível por até duas semanas, mesmo sem sintomas", disse Spahn no Twitter.
Até sexta-feira havia 3.062 casos confirmados de coronavírus na Alemanha, com cinco mortes, informou o Instituto Robert Koch para doenças infecciosas.
Colônia, no oeste da Alemanha, que tem uma população de mais de 1 milhão de habitantes, disse que boates, bares, teatros, cinemas e galerias fecharão até 10 de abril. Os serviços religiosos também estão proibidos. Restaurantes e bares que servem comida podem permanecer abertos, como em Berlim.
O ministro dos Transportes, Andreas Scheuer, disse ao jornal Bild am Sonntag que militares poderiam ser enviados para manter os supermercados abastecidos e abertos se, por exemplo, houvesse falta de motoristas de caminhão.
A chanceler Angela Merkel pediu às pessoas que reduzam o contato social, incluindo sugestão de que crianças evitem visitar seus avós.
"Todos podem contribuir com seu comportamento pessoal ... para que a velocidade com que as pessoas são infectadas diminua, para que nosso sistema de saúde não fique sobrecarregado", disse ela em seu podcast semanal.
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