Casos do novo coronavírus no Brasil sobem para 121. Ministro Mandetta prevê "20 semanas duras"

Publicado em 14/03/2020 18:48

O Ministério da Saúde atualizou a sua plataforma de notificação de casos do novo coronavírus no final da tarde deste sábado (14) e informa que já contabiliza 121 pacientes confirmados para a doença no País. Segundo os dados, há 1.496 casos suspeitos e 1.413 foram descartados. No balanço anterior, havia 98 casos confirmados no Brasil.

Os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro seguem liderando o maior número de infectados, com 65 e 22 pacientes, respectivamente. Em seguida vêm Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, com 6 casos cada; Santa Catarina, com 4, e Goiás, com 3. Depois vêm Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, com 2 casos cada. Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Alagoas, registram 1 caso cada um.

De acordo com a plataforma, os municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo registram casos de transmissão comunitária, que é quando já não é possível identificar a origem da infecção. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, prevê "20 semanas duras" por causa da pandemia.

Transmissão direta no Rio, SP e Bahia

O ministério registrou casos confirmados com transmissão local na Bahia, além de casos já reportados antes no Rio de Janeiro e São Paulo.

Em meio ao crescimento dos casos, governos estaduais têm adotado medidas para tentar conter a disseminação do vírus.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), anunciou ações que incluem suspensão por 15 dias de aulas nas redes pública e privada de ensino a partir de segunda-feira e a recomendação para que pessoas não frequentem praias.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também divulgou medidas, como suspensão gradativa das aulas nas escolas estaduais. De 16 a 23 de março, as escolas estarão abertas para aula normal e fornecimento de orientações às famílias, sendo que a partir de então as atividades serão suspensas.

Coronavírus afeta programação de festas e procissões católicas

A pandemia de coronavírus compromete a programação de festas e de procissões religiosas que tradicionalmente ocorrem nesta época do ano no Brasil. A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, anunciou neste sábado, 14, o cancelamento da Festa de Nossa Senhora dos Prazeres que começaria no dia 12 de abril e duraria dez dias.

Conhecido também como Festa da Pitomba, o evento é uma tradicional celebração religiosa da cidade em homenagem à padroeira do bairro de Prazeres. Eram esperadas 40 mil pessoas por noite e uma procissão com outras 100 mil.

Todos os eventos públicos no município de 700 mil habitantes também estão cancelados a partir da próxima Segunda-feira dia 16

"Desde que surgiram as primeiras informações sobre o coronavírus, no início de fevereiro, montamos um plano de contingenciamento com ações preventivas. E já temos recursos na ordem de R$ 7 milhões, que serão aplicados na estruturação de ações o mais rápido possível", afirmou o prefeito Anderson Ferreira (PL).

Em Vila Velha, no Espírito Santo, a programação convencional da Festa da Penha também está ameaçada. A organização não descarta realizar as missas, previstas para entre 12 e 20 de abril, apenas por meio da internet. Este ano os tradicionais festejos, que têm como ápice a Romaria dos Homens, com mais de 100 mil devotos, chegam à 450ª edição.

"Nada nos é mais caro do que a saúde e o bem-estar de todos os envolvidos nessa manifestação de amor. Nesse sentido, manteremos o evento, rezaremos e homenagearemos à Nossa Senhora das Alegrias. Porém, se necessário for para garantir a segurança dos fiéis, buscaremos fazer isso de forma virtual", informou a comissão organizadora nesta sexta-feira, 13.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) informou que não emitirá uma determinação padronizada para todas as igrejas. Cada diocese deverá fazer a própria avaliação sobre estratégias para conter a disseminação do vírus.

O primeiro caso de covid-19 foi confirmado no Brasil em 26 de fevereiro. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, prevê "20 semanas duras" por causa da pandemia.

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Fonte:
Estadão Conteúdo

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