Companhias aéreas brasileiras reduzirão em 30% seus voos internacionais por causa do coronavírus

Publicado em 14/03/2020 06:01 e atualizado em 14/03/2020 07:03

Rio de Janeiro, 13 mar (Xinhua) -- As companhias aéreas brasileiras Latam e Azul anunciaram nesta quinta-feira que reduzirão seus voos internacionais em 30% devido à queda da demanda causada pela epidemia do novo coronavírus (COVID-19).

As duas companhias também informaram que suspenderam as previsões de lucro para este ano e disseram que ainda não sabem se farão novas previsões para o período.

A maior empresa aérea da América do Sul, a Latam, disse que cortará os voos para os Estados Unidos, Europa e América do Sul entre 1º de abril e 3 de maio, enquanto a Azul, terceira companhia aérea do Brasil, informou que reduzirá os voos domésticos e cortará os internacionais em até 30%.

A Azul acrescentou que também interromperá as entregas previstas dos novos modelos do Embraer E2.

A Latam já tinha cancelado a rota entre São Paulo e Milão (Itália) até meados de abril e anunciou que pretende reduzir os custos para evitar grandes perdas por causa do coronavírus.

Já a Gol Linhas Aéreas, segunda do mercado brasileiro, ainda não se posicionou sobre a situação provocada pela COVID-19.

O governo brasileiro afirmou nesta quinta-feira que adotará medidas de emergência para que as companhias aéreas sigam voando. "Uma hora esta crise passará e nós reduziremos a crise com as medidas que vamos tomar", disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

O Ministério Público Federal do Brasil solicitou que os usuários possam cancelar ou mudar a data das passagens que já compraram sem necessidade de pagar multa. 

Europa torna-se o epicentro da pandemia da COVID-19, diz OMS 

Genebra, 13 mar (Xinhua) -- A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na sexta-feira que a Europa se tornou o epicentro da pandemia da COVID-19, com mais casos e mortes reportados que o resto do mundo combinado, além da China.

Mais casos estão sendo registrados todos os dias que os reportados na China no ponto culminante de sua epidemia, disse na entrevista coletiva diária o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O chefe da OMS sublinhou que é "um trágico marco" que 5.000 pessoas tenham morrido da COVID-19 em todo o mundo, e disse que mais de 132.000 casos de 123 países e regiões foram reportados à OMS.

Também reiterou que todos os países devem adotar uma abordagem integral e destacou que a epidemia pode afetar qualquer um.

"Qualquer país que veja a experiência de outros países com grandes epidemias e acredita que 'isso não vai acontecer consigo' está cometendo um engano letal", advertiu.

Também assinalou que com base na experiência de países como a China, os testes e rastreamento agressivos de contatos, combinados com medidas de distanciamento social e mobilização da comunidade, podem evitar infecções e salvar vidas.

O chefe da OMS pediu que os governos, empresas e indivíduos sigam as recomendações da OMS para conter a pandemia: "preparar-se e estar preparados", "detectar, proteger e tratar", "reduzir a transmissão" e "inovar e aprender". 

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Fonte:
Xinhua (estatal chinesa)

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