Gasolina e diesel recuam nos postos após Petrobras cortar preços nas refinarias

Publicado em 31/01/2020 22:42

SÃO PAULO (Reuters) - Os preços da gasolina e do diesel nos postos brasileiros recuaram nesta semana, interrompendo série de altas, após a Petrobras ter anunciado dois cortes das cotações nas refinarias nas últimas semanas, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) nesta sexta-feira.

A Petrobras reduziu os preços do diesel e da gasolina na semana passada e nesta sexta-feira, em meio a uma derrocada dos valores do petróleo no mercado internacional devido a temores de impactos da disseminação de um novo coronavírus na China sobre a demanda por petróleo.

Com isso, o diesel da Petrobras acumula queda de 10% no ano, enquanto a gasolina recuou aproximadamente 7% até o momento em 2020.

Nas bombas, a gasolina foi comercializada em média a 4,580 reais por litro nesta semana, queda de 0,3% ante a semana anterior, interrompendo uma sequência de altas.

O diesel, combustível mais utilizado do Brasil, foi vendido em média a 3,778 reais por litro, recuo de 0,58%, também interrompendo uma série de altas semanais.

Já o etanol hidratado, concorrente da gasolina das bombas, avançou 0,09%, para em média 3,250 reais por litro.

Produção da Petrobras cresce 14% em dezembro na comparação anual, diz ANP

SÃO PAULO (Reuters) - A produção total da Petrobras no Brasil cresceu 14% em dezembro ante o mesmo mês de 2018, somando 2,9 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boe/d), com a extração de petróleo registrando crescimento semelhante, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela agência reguladora ANP.

A produção de petróleo da estatal somou 2,286 milhões de barris ao dia em dezembro de 2019, contra 2 milhões de barris ao dia no mesmo mês de 2018, enquanto a de gás atingiu 100,3 milhões de metros cúbicos/dia, contra 87,595 milhões um ano antes.

A produção da Petrobras representou 73,6% do total extraído no país, que atingiu um recorde de 3,1 milhões de barris/dia em dezembro, conforme divulgado mais cedo neste mês pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Preços do petróleo voltam a cair em meio a temores de que coronavírus afete economia

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram nesta sexta-feira, engatando a quarta semana consecutiva de perdas, em meio a crescentes temores quanto aos danos econômicos do surto de coronavírus proveniente da China, que já se espalhou para cerca de 20 países e matou mais de 200 pessoas.

Durante a sessão, as cotações foram apoiadas brevemente por declarações do ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, que afirmou que o país está pronto para antecipar a próxima reunião da Opep+ (que passaria de março para fevereiro), visando abordar um possível impacto do coronavírus sobre a demanda global pela commodity.

Novak disse que está em discussões com a Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), mas que as nações produtoras precisam de mais tempo para monitorar o impacto e decidir a data do encontro.

"O cartel está pronto para agir novamente se necessário, mas por enquanto pode aceitar a dor no curto prazo, na expectativa de que as consequências econômicas não sejam tão ruins quanto as pessoas temem, e de que o preço vá se recuperar por si próprio para níveis mais aceitáveis", disse Craig Erlam, analista sênior de mercado da OANDA.

O petróleo Brent fechou em queda de 0,13 dólar, a 58,16 dólares por barril, e terminou a semana com perda de cerca de 4%.

Já o petróleo dos Estados Unidos recuou 0,58 dólar, encerrando a sessão cotado a 51,56 dólares o barril, com queda de 4,8% na semana. Durante a sessão, os preços despencaram para uma mínima de 50,97 dólares, menor valor desde o início de agosto.

Ambos os valores de referência chegaram a subir mais de 1 dólar por barril no início do dia.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário