Viagem à Índia trará benefícios para o setor primário gaúcho

O senador Luis Carlos Heinze está acompanhando a comitiva do presidente da República, Jair Bolsonaro, à Índia. Neste final de semana, eles participaram da cerimônia de troca de atos entre os países, no Hyderabad House, em Nova Delhi. 

Foram assinados 15 documentos, entre acordos de cooperação e memorandos de entendimento em diversas áreas.

Segundo Bolsonaro, Brasil e Índia estão entre as maiores economias do mundo e as parcerias firmadas beneficiarão a todos. "Potencializamos, dessa forma, o nosso relacionamento e tenho certeza que, além desses itens aqui tratados, outros surgirão", concluiu.

"O Brasil é um parceiro valioso na transformação econômica da Índia. Consideramos o Brasil uma fonte confiável para nossas necessidades nos campos de alimentos e energia, pois nosso comércio bilateral está crescendo", disse o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Com o aprofundamento das relações, expressado nos 15 acordos assinados, as expectativas são as melhores. O comércio, por exemplo, que hoje movimenta U$ 6 bilhões/ano, poderá passar de U$ 50 bilhões até 2022, segundo a estimativa do primeiro ministro indiano Narendra Modi.

Rio Grande do Sul

Os interesses comerciais do Rio Grande do Sul estão representados pelo senador Luis Carlos Heinze; pelo diretor de Relações Internacionais da CNA e presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira; além de representações do setor avícola e suíno, como o vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.

Heinze destacou que os setores suíno e de aves devem ter uma ampliação considerável nos negócios com a índia. 

Além disso, o parlamentar falou sobre o aumento do volume de exportações de maçãs e a possibilidade de entrarmos com o suco de uva no país.

Outra realidade, é a expansão da indústria metal mecânica. “A Randon e a Marcopolo já possuem filiais indianas e existe espaço para outras empresas do segmento. Os defensivos agrícolas e fertilizantes também estão na pauta. A indiana United Phosphorus Limited (UPL) planeja fazer da operação brasileira um polo exportador de defensivos. Ela já está presente no Brasil e vai aumentar a participação em nosso mercado, gerando empregos e possibilidade de negócios”, garantiu o parlamentar.

Heinze participou no domingo, acompanhando o presidente Bolsonaro, convidado de honra, das comemorações do 71º Dia da República da índia. “Esta agenda está propiciando uma troca de experiências entre os dois países, com reflexo direto em suas economias. Tenho certeza que, como foi afirmado, vamos aumentar as parcerias entre nossas cadeias produtivas”, concluiu. 

Nesta segunda-feira, 27, Heinze acompanhou café da manhã com CEOs indianos, onde os ministros apresentaram as oportunidades de investimentos no Brasil.