Ministra defende parceria entre Brasil e Índia na produção de etanol
A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta quinta-feira (22), em Nova Déli (Índia), do Seminário sobre Oportunidades em Energia e Mineração. No evento, a ministra defendeu que a Índia, em parceria com o Brasil, amplie a produção e uso de etanol.
A partir desta sexta-feira (24), a ministra integrará a delegação do presidente Jair Bolsonaro no país. Está prevista, no sábado (25), a assinatura de até 12 acordos comerciais. Um deles deve contemplar o setor de etanol.
Tereza Cristina destacou que Brasil e Índia são responsáveis por aproximadamente 55% da produção mundial de cana-de-açúcar e 35% da produção global de açúcar. No caso do etanol, o Brasil fabrica mais de 30 bilhões de litros, o segundo maior produtor do mundo, enquanto que a produção indiana foi de apenas 1,5 bilhão de litros em 2018.
“Nesse contexto, existe um enorme potencial de cooperação entre nossas nações. Um aumento na produção de etanol na Índia traria, além dos benefícios socioeconômicos já observados, grandes ganhos ambientais”, disse.
Segundo a ministra, o aumento da fabricação de etanol pela Índia ajudará na regulação do preço do açúcar no mercado mundial, que está em queda.
“A possibilidade de cooperação com a Índia servirá para apoiar a criação do mercado mundial de etanol. Do ponto de vista da Índia, podemos mencionar a redução da poluição nas grandes cidades, maior suprimento de energia renovável e a redução da dependência das importações de petróleo”.
Participaram do encontro o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; o embaixador do Brasil na Índia, André Aranha Correa do Lago; e o ministro de Estado da Índia, R. K Singh.
Segurança alimentar
Tereza Cristina esteve também no encerramento do Encontro Empresarial sobre Complementariedade e Parceria em Segurança Alimentar, que reuniu representantes do Fórum dos Importadores de Alimentos da Índia e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Estimativas das Nações Unidas apontam que a Índia deve se tornar o país mais populoso do mundo até 2030, ultrapassando a China. Diante desta projeção, a ministra destacou que o Brasil tem condições de ser o principal fornecedor de proteína animal para os indianos.
Em 2019, foi registrado o primeiro embarque de frango brasileiro para o país asiático. No total, 33 toneladas da carne foram exportadas para a Índia no ano passado. Esse mercado, conforme a ministra, deve crescer a uma taxa média de 7% ao ano, porém o aumento das exportações brasileiras depende da redução das taxas de importação.
"Para que nossa parceria estratégica em carne de frango possa se firmar, é fundamental a redução das tarifas de importação. No caso do frango inteiro congelado, o percentual aplicado pela Índia às importações de produto brasileiro é de 30%, enquanto para os cortes congelados a tarifa atinge o patamar de 100%. Em relação à carne suína, o mercado indiano foi recentemente aberto, ainda que não se tenha efetivado qualquer venda até o presente momento, muito em função da tarifa de importação de 30%. Vale ressaltar que, para ambas as proteínas, o complexo sistema de emissão de licenças de importação ainda torna o processo demasiado moroso e custoso", afirmou.
Tereza Cristina reuniu-se hoje ainda com os ministros da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores, Narendra Singh Tomar, e de Abastecimento, Alimentos e Distribuição Pública, Ram Vilas Paswan.
2 comentários
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Milton Barbosa Bueno Nova Alvorada do Sul - MS
Ganhos ambientais???. A mistura polui muito mais que qualquer coisa para ser produzindo. A vinhaça é vem vezes mais poluidora que o esgoto doméstico,. E para cada litro de etanol produzido, saem13 litros deste resíduo. É gerado! O carro elétrico vem aí! O etanol como combustível está morto!
Sr. Milton .... Há controvérsias! ... ... Conheço essa região e, sei dos problemas que a unidade da antiga ETH, hoje Atvos, causou na região, aplicando de forma incorreta a vinhaça produzida. ... ... Conheço a área onde ela implantou as bombas, ao lado da BR-267, perto do posto da Policia Rodoviária. ... ... Sei da proliferação da mosca que inviabilizou a pecuária de leite na região. A mosca usa a borra da vinhaça, aplicada em excesso na área, para se reproduzir e, consequentemente a população explode. ... ... A vinhaça tem um teor de matéria orgânica que demanda uma "Demanda Biológica de Oxigênio", também alta, para que seus compostos sejam biodegradados. ... ... Tome como exemplo o estado vizinho do MS, o estado de São Paulo. ... ... ... As unidades produtoras estão muito mais próximas umas das outras mas, não se fala do problema das moscas. ... ... Ou seja, há um destino correto da vinhaça. ... A Usina COCAL, produz o gás metano da fermentação da vinhaça e de outros resíduos. ... Esse gás está sendo enviado por gasodutos às cidades vizinhas para ser consumido nas residencias. É o chamado gás encanado, usado só nas grandes metrópoles do pais. Com um detalhe: o gás metano é mais leve do que o gás butano. Logo o perigo do gás se acumular em ambientes e, provocar explosões é menor. ... A co-geração de energia obtida com a queima do bagaço, vai abrir espaço para o álcool de segunda geração e, porque não, para a produção do gás metano. ... ... A tecnologia do setor é dinâmica e, a cana-de-açúcar é um vegetal de alto rendimento por área. Desde que a tecnologia seja aplicada de forma correta... TODOS GANHAM !!!
Pessoal fala em carro ELETRICO como se esse fosse sinônimo de energia limpa. Ledo engano, para se produzir eletricidade é necessário queimar muito petroleo (Brasil, EUA, Europa) ou muito carvão (Europa, Russia, China, etc). Concordo que cada vez mais os veículos serão movidos a eletricidade, mas essa não cai do céu sem poluir. O próprio bagaço da cana é transformado em eletricidade.
Elvio Zanini Sinop - MT
Muito bem Colocado o Comentário da Ministra da Agricultura em Desenvolver O Comércio Brasil x India;Necessitamos de Aumentar a Venda de Cereais e Carnes de Suino e Frango; devido que os Indianos não Consomem Carnes Bovinas, E A India tem Tecnologia de Ponta em Industria de Tratores, como a Marca Solis ; a Qual Industria Fez Parceria com a YANMAR e já estão com Linha de Montagem do Trator com a marca YANMAR SOLIS; que Nossa Emprêsa já que somos Concessionários YANMAR EM Sinop, MT, Revenderemos em Breve a Marca para atender PRÍNCIPALMENTE O PEQUENO E MEDIO AGROPECUARISTAS e Horticurtores, e outros segmentos, do Setor Primário.