Presidente diz que autor de facada é protegido até hoje
Brasília - Em evento com simpatizantes e colaboradores do partido Aliança pelo Brasil, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a abordar neste sábado, 18, o atentado que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018. Segundo ele, o autor da facada, Adélio Bispo de Oliveira, "é protegido até hoje".
"Jamais o sistema podia sonhar que uma pessoa, com o nosso perfil, poderia chegar à Presidência da República", afirmou Bolsonaro em discurso no evento, em Brasília. "A facada só aconteceu quando este sistema teve a certeza de que a única maneira de nos deter seria a eliminação física. E não é a toa que o assassino é protegido até hoje. O sistema protege esta pessoa", acrescentou Bolsonaro, sem especificar qual seria a proteção recebida por Adélio Bispo.
Em maio do ano passado, a Justiça concluiu que Adélio tem transtorno mental e é inimputável - ou seja, é incapaz de entender seu crime e responder por seus atos.
Em seu discurso, Bolsonaro afirmou ainda que houve um "ponto de inflexão" com sua chegada à Presidência. "Nós vamos um dia, realmente, de fato, assumir os destinos de nossa nação, pela via democrática. Estamos plantando aqui essa verdadeira mudança para 2022", acrescentou.
'Somos escravos da lei', diz Bolsonaro sobre sanção de Fundo Eleitoral
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado, 18, que é "escravo da lei" e sancionou o Orçamento 2020, com Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões, para não cometer crime de responsabilidade. A sanção foi anunciada pelo Palácio do Planalto na manhã deste sábado (18).
"Eu tenho que cumprir a lei. Posso ser enquadrado no crime de responsabilidade. Somos escravos da lei. Algumas coisas sanciono contra minha vontade. Outras eu veto contra minha vontade também. O Brasil não é eu. São os outros Poderes também", disse, em evento do Aliança Pelo Brasil.
Criado em 2017 para compensar as perdas impostas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, dois anos antes, havia proibido doações de pessoas jurídicas aos candidatos, o Fundo Eleitoral é abastecido com dinheiro do Tesouro Nacional. A distribuição da verba fica a critério das cúpulas partidárias, que, em geral, privilegiam políticos com mandato.
O valor de R$ 2 bilhões foi aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado. Contrariado com críticas sobre a destinação desses recursos, Bolsonaro tem pedido a apoiadores que não votem em candidatos que utilizam recursos públicos nas eleições. O problema é que o "boicote" pode prejudicar seus próprios aliados.
Diálogo
Durante o evento, Bolsonaro também afirmou aos apoiadores que, para governar o País, precisa conversar com os presidentes dos demais Poderes. "Eu tenho que governar o Brasil. Tenho que conversar com o presidente de todos Poderes quando sentir necessidade. E a recíproca é verdadeira. Com a ajuda do Parlamento, com a ajuda do Supremo Tribunal Federal, nós crescemos no ano passado", afirmou.
As declarações foram feitas em discurso no primeiro evento oficial em Brasília do Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro pretende criar e controlar já a partir de 2020. Foi o primeiro compromisso do presidente na manhã deste sábado fora do Palácio da Alvorada.
A reunião partidária foi encerrada com uma oração feita pela pastora Rosa Martins. Para o momento religioso, o pastor Laurindo Shalon, coordenador da Associação Internacional Cristã Amigos Brasil-Israel (Haverimbril), foi chamado para se posicionar ao lado do presidente.
A presença do líder religioso ocorreu um dia depois de Bolsonaro ser pressionado para demitir o secretário nacional de Cultura, Roberto Alvim, por conta de um vídeo no qual ele parafraseou Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda de Adolf Hitler.
"O presidente é uma pessoa sábia. Foi sensível ao anseio da sociedade como um todo. Demonstrou o amor que ele tem para com Israel, para com a comunidade judaica brasileira. Quando alguém se manifestou daquela forma, trouxe a memória da carnificina, do holocausto", comentou o pastor, em entrevista.
Agências regulatórias
Bolsonaro também falou sobre do poder das agências regulatórias no País e afirmou que muitas agências chegam a ter mais poder do que os ministérios de seu governo.
"Um projeto de lei sobre agências chegou na minha mesa para ser sancionado ou aprovado. Vetei muita coisa mas, lamentavelmente, o Congresso derrubou o veto", criticou Bolsonaro. "Deram poderes para outras pessoas quase que decidir quem vai integrar as agências."
Falando a uma plateia de simpatizantes e colaboradores do partido que está em formação, Bolsonaro criticou ainda o poder de decisão das agências. "Pouquíssimas pessoas aqui sabem como são escolhidos os integrantes das agências. Um cargo em média de R$ 15 mil (de salário), muitas vezes cinco pessoas decidem o destino de verbas de dezenas de bilhões de reais", disse.
Neste ponto do discurso, Bolsonaro também citou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão que é vinculado ao Ministério do Turismo. De acordo com Bolsonaro, o Iphan é uma espécie de "subsecretaria" que "tem o poder de embargar obras pelo Brasil". "E obras muitas vezes embargadas por critérios absurdos. Com que interesse?", questionou o presidente.
Bolsonaro: nenhuma denúncia de corrupção se abateu sobre nossos ministros
Brasília - O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou hoje, durante evento da Aliança pelo Brasil, que sua equipe ministerial não enfrentou denúncias de corrupção.
"Nosso grande compromisso de campanha foi cumprido: a escolha de um ministério isento", afirmou a uma plateia de simpatizantes e colaboradores do partido em formação. "Graças a Deus, nenhuma denúncia de corrupção se abateu sobre os nossos ministros e os nossos presidentes de estatais. Pode acontecer alguma coisa? Pode. Mas será alheio à nossa vontade e buscaremos solução o mais rápido possível", disse.
O atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, no entanto, foi denunciado por suposto esquema de candidaturas-laranja do PSL em Minas Gerais, em 2018. A Polícia Federal imputa ao ministro falsidade ideológica, associação criminosa e apropriação indébita. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, é alvo de investigação do Ministério Púbico sobre repasses de caixa dois. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,foi condenado em 2018 em primeira instância por improbidade administrativa.
Durante o evento, Bolsonaro também citou o resultado obtido pelas estatais em 2019. "Em 2015, o Brasil teve prejuízo na casa de R$ 50 bilhões com estatais. No ano passado, um lucro de R$ 150 bilhões", afirmou.
Bolsonaro critica país aparelhado e ídolo da esquerda Paulo Freire
Brasília - O presidente da República, Jair Bolsonaro, criticou hoje, durante evento da Aliança pelo Brasil, o aparelhamento do País. Para uma plateia de simpatizantes e colaboradores do partido em formação, Bolsonaro afirmou ainda que, a cada dia, descobre "um novo ângulo do governo".
"Um País em parte, aparelhado, não apenas por pessoas... que até nem culpo, porque foram educadas na escola com essa doutrinação", disse Bolsonaro, durante discurso. "Temos que tirar da cabeça dessas pessoas aquilo que foi colocado lá atrás, pelo ídolo da esquerda, o Paulo Freire, para colocar coisa boa dentro da cabeça das pessoas, para resgatá-las", acrescentou.
Educador e filósofo, Paulo Freire é um dos pedagogos mais respeitados em todo o mundo. Ele faleceu em 1997.
Bolsonaro afirmou ainda que as "cascas de banana" para o governo não surgem "do nada". "Alguém coloca ela (a casca) ali. É comum isso acontecer no meu governo", afirmou. "A grande maioria a gente consegue desviar, mas de vez enquanto algumas fazem vítimas fatais no País", acrescentou.
Bolsonaro compara Presidência com casamento e cita 4, 8 anos ou 'mais tempo'
Brasília - O presidente da República, Jair Bolsonaro, comparou neste sábado o exercício de seu cargo com um casamento. Durante evento da Aliança pelo Brasil, em Brasília, Bolsonaro afirmou que a Presidência "não é uma lua de mel".
"É um casamento de quatro ou oito anos. Ou, quem sabe, por mais tempo, lá na frente", afirmou, sem esclarecer exatamente o que queria dizer com "mais tempo".
Bolsonaro afirmou ainda que, neste "casamento", os "fins serão o bem estar deste povo". "Eu já passei dos 60 (anos). A gente começa a não pensar de maneira diferente. A pensar com os pés do chão. O que nós queremos deixar para quem vem depois? O que eu quero deixar para a minha filha Laura?", afirmou durante seu discurso.
Durante a fala, o presidente também fez referências indiretas à relação com seu antigo partido, o PSL. "Como disse, é pesado. Decepções, ingratidões, gente que se revela depois que assume o poder, gente que pede cargo e responde: você já teve um cargo acima do nosso nome, o seu mandato", citou o presidente. "Mas nem isso satisfez uma parte daqueles que chegaram conosco para ocupar a Câmara e o Senado Federal", acrescentou.
O presidente afirmou ainda que não existe "satisfação maior" do que ser bem recebido em qualquer lugar do Brasil. "Tenho compromisso com vocês, com a pátria e com Deus acima de tudo", disse.
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Roberto Moraes
É cada uma viu???... o cara quase mata o presidente e está de boa... Mesma coisa acontece quando a polícia prende alguém que rouba um celular, o cara leva mata-leão e leva umas pauladas, agora quanto prende um político nem algemado ele vai, e ainda vai de primeira classe.