Preços do petróleo caem 1% conforme investidores reavaliam riscos no Oriente Médio
Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram quase 1% nesta terça-feira e devolveram parte dos ganhos recentes, com investidores reconsiderando a possibilidade de interrupções imediatas de oferta no Oriente Médio após os Estados Unidos terem matado um importante comandante militar iraniano na semana passada.
O petróleo Brent fechou em queda de 0,64 dólar, ou 0,93%, a 68,27 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA cedeu 0,57 dólar, ou 0,9%, para 62,70 dólares o barril.
Os preços haviam avançado nas duas sessões anteriores, diante de temores de uma escalada no conflito entre EUA e Irã e de possíveis interrupções de oferta no Oriente Médio, depois de um ataque norte-americano em Bagdá matar Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Quds, o que levou a República Islâmica a jurar vingança.
Com isso, o Brent chegou a atingir o maior valor desde setembro, enquanto o WTI avançou para a mais alta cotação desde abril.
"A expansão no prêmio geopolítico relacionado ao Irã parece ter perdido fôlego, uma vez que o complexo aparenta estar tomando uma atitude de 'esperar para ver' quanto a uma possível retaliação iraniana aos eventos da semana passada", disse em nota Jim Ritterbusch, presidente da consultoria Ritterbusch and Associates.
O presidente-executivo da Chevron, Michael Wirth, disse à CNBC que os mercados do petróleo continuam bem supridos, apesar das tensões recentes. "Fundamentalmente, oferta e demanda continuam no ponto em que estavam antes dos incidentes", afirmou.
Soldados dos EUA embarcam para o Oriente Médio: "Vamos para a guerra"
FORT BRAGG, Estados Unidos (Reuters) - Para muitos dos soldados, será a primeira missão. Eles empacotaram munição e fuzis, fizeram ligações de última hora para familiares e amigos e entregaram os celulares. Alguns doaram sangue.
Os 600 soldados majoritariamente jovens em Fort Bragg, no Estado norte-americano da Carolina do Norte, estavam a caminho do Oriente Médio e eram parte de um grupo de cerca de 3.500 paraquedistas enviados para a região. O Kuweit é a primeira parada de muitos. Seus destinos finais são confidenciais.
"Estamos indo para a guerra", comemorou um, fazendo sinal positivo com os polegares. Ele estava entre dezenas de soldados que carregavam caminhões diante de um edifício de concreto que abriga diversos auditórios com mesas e bancos compridos.
Dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenar o assassinato do comandante militar iraniano Qassem Soleimani com um drone, provocando temores de um novo conflito no Oriente Médio, os homens e mulheres da célebre 82ª Divisão Aérea do Exército estão partindo no maior "destacamento rápido" desde o terremoto de 2010 no Haiti.
O general do Exército James Mingus atravessou o mar de homens e mulheres de uniforme camuflado enquanto estes se preparavam para deixar a base próxima de Fayetteville, no domingo. Ele trocou apertos de mãos com as tropas, desejando-lhes sorte.
Um soldado de 27 anos de Ashboro, na Virgínia, disse que não se surpreendeu quando a ordem chegou.
"Estava assistindo o noticiário, vendo como as coisas estão acontecendo por lá", disse ele, um dos vários soldados que a Reuters teve permissão de entrevistar sob a condição de não identificá-los. "Aí recebi uma mensagem de texto do meu sargento dizendo 'não vá a lugar nenhum'. E foi isso".
O perigo parecia distante das mentes dos jovens soldados, mas muitos encheram a capela da base depois do café da manhã.
Um deles pegou uma correia presa a um caminhão de transporte e tentou prendê-la no cinto de um amigo distraído, uma última brincadeira antes de embarcar.
Os soldados mais velhos, na faixa dos 30 a 40 anos, estavam visivelmente mais contidos, tendo a experiência de ver camaradas voltarem para casa com uma perna ou dentro de um caixão.
"Esta é a missão, cara", disse Brian Knight, veterano aposentado do Exército que participou de cinco operações no Oriente Médio. "Eles estão empolgados para ir. O presidente chamou a 82ª".
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