Bolsonaro visita general Villas-Bôas e reza na catedral em Brasília

Publicado em 05/01/2020 14:22 e atualizado em 05/01/2020 17:25

Sem compromisso oficial neste domingo (5), o presidente Jair Bolsonaro visitou, no final da manhã, o general Eduardo Villas-Bôas, em sua residência, no Setor Militar Urbano, em Brasília. Bolsonaro chegou por volta das 11h30 e ficou no local por cerca de 40 minutos. Ele não falou com a imprensa. De lá, o combio presidencial seguiu pelo centro da capital e parou na catedral metropolitana, onde conversou e atendeu dezenas de turistas e fiéis que visitavam o local.

"Vou ali na catedral agradecer a missão", disse, ao descer do carro. Perguntado sobre a visita ao general, o presidente se limitou a dizer que foi tratar de "questões particulares". Villas Bôas, ex-comandante do Exército Brasileiro, tem uma doença neuromotora de caráter degenerativo chamada de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), motivo pelo qual não consegue mais caminhar. Em seguida, Bolsonaro entrou na catedral, onde se ajoelhou e permaneceu em silêncio dos por alguns minutos, fazendo uma oração. O presidente se declara católico e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é evangélica. Quando se dirigia à casa do general Villas-Bôas, o comboio presidencial chegou a parar em frente à Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro Sudoeste, mas não desceu, e seguiu para o Setor Militar.

Jair Bolsonaro, Catedral

Presidente Jair Bolsonaro durante visita à Catedral de Brasília neste domingo (8) - Pedro Rafael Vilela/Agência Brasil

Antes de retornar ao Palácio do Alvorada, pouco depois das 13h, o presidente parou novamente, por alguns minutos, para conversar com pessoas na Praça dos Três Poderes. As paradas do presidente em locais públicos no Distrito Federal têm se tornado um hábito durante o mandato. Em dezembro do ano passado, ele visitou um centro de comércio popular. No mesmo mês, durante um final de semana, também parou na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios. O presidente costuma, diariamente, parar para cumprimentar apoiadores na entrada principal do Palácio do Alvorada, onde mora com a família.

Puxão de orelha (no ESTADÃO):  Na Catedral e na Praça dos Três Poderes, Bolsonaro recebeu abraços e palavras de incentivo de diversos apoiadores. Uma senhora, após tirar selfie com o presidente, deu um puxão de orelha nele, em tom de brincadeira. O segurança rapidamente abaixou o braço da senhora. "Ela pode, ela pode", disse Bolsonaro. 

O presidente também comprou água de um vendedor ambulante, paga por um de seus seguranças. Bolsonaro cumprimentou ainda rapidamente uma mulher que pedia dinheiro na rampa que dá acesso à Catedral.

Segundo o Planalto, não há compromissos oficiais na agenda deste domingo do presidente. É comum que Bolsonaro dê passeios fora por Brasília no fim de semana e se encontre com e turistas. O presidente também costuma falar com imprensa e apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

Conselheiro militar. Conselheiro de Bolsonaro para assuntos militares, o general Villas Bôas, de 68 anos, sofre de uma doença neuromotora degenerativa. Ele esteve hospitalizado no fim de 2019. Recebeu alta em 12 de outubro após resolução do quadro respiratório que provocou sua internação.

Durante evento no Colégio Militar de Brasília em agosto, Bolsonaro afirmou que o general Villas Bôas agiu em silêncio durante momento "crítico" do Brasil, quando teria garantido "liberdade e democracia". "A história sabe disso". O general é tido como um conselheiro do governo para assuntos de defesa.

Em 2018, quando o STF discutia a possibilidade de um habeas corpus que poderia evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Villas Bôas usou as redes sociais para criticar a discussão na Corte: "Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?".

Em seguida, Villas Bôas escreveu: "Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais."

Jair Bolsonaro, Catedral

Presidente Jair Bolsonaro na Cadetral Metropolitana de Brasília no domingo (5

AGU recorrerá da decisão do Supremo sobre Dpvat, diz Bolsonaro

Presidente disse que respeita a Corte, mas vai questionar medida

O presidente Jair Bolsonaro disse que respeita decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), mas antecipou que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, de suspender a redução dos valores a serem pagos na contratação do seguro obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat).

“No momento, essa questão está judicializada. A AGU vai recorrer porque está aí para defender o governo. Conversei com André Mendonça [advogado-geral da União], que vai questionar essa questão no Supremo”, disse hoje Bolsonaro ao deixar o Palácio do Alvorada.

Por meio da Medida Provisória 904/2019, editada em novembro do ano passado, o governo federal tentou, em um primeiro momento, extinguir o pagamento do Seguro Dpvat, contribuição obrigatória destinada a cobrir gastos de acidentes causados por veículos.

A MP foi então alvo da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.262, proposta pela Rede, sob o argumento de que os recursos são utilizados para proteção social de vítimas de acidentes de trânsito no Sistema Único de Saúde (SUS). O partido também alegou que não há urgência e relevância na matéria para justificar a edição por meio de medida provisória. Por 6 votos a 3, a maioria dos ministros do STF decidiu, no dia 19 de dezembro, suspender a MP.

O governo adotou o Plano B de reduzir o Dpvat, em vez de extingui-lo.O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), então, aprovou uma redução de 67,7% e de 85,4% no valor do DPVAT de 2020 para carros e motos, respectivamente.

No dia 31, em nova decisão, o ministro Dias Toffoli suspendeu também a redução dos valores a serem pagos na contratação do seguro, que tinha previsão de vigorar a partir de 1º de janeiro.

 

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Agência Brasil

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário