Índice do dólar cai para mínima desde julho com otimismo sobre crescimento

Publicado em 31/12/2019 10:21
Por Olga Cotaga, da Reuters em Londres

LONDRES (Reuters) - O euro, a libra e um conjunto de moedas sensíveis ao comércio se valorizavam ante o dólar nesta terça-feira, com a divisa dos Estados Unidos atingindo uma mínima em seis meses conforme investidores se mostravam confiantes de que as perspectivas de crescimento global estão melhorando e de que as relações comerciais EUA-China estejam significativamente melhor.

Depois de permanecer forte por grande parte de 2019 --graças ao relativo desempenho superior da economia dos EUA e à preferência dos investidores por uma moeda de refúgio em meio à disputa comercial entre Washington e Pequim--, os ganhos do dólar no ano diminuíam em dezembro.

O sentimento no final do ano incentivou os investidores a comprar moedas ligadas ao comércio e ao crescimento global, empurrando dólar australiano, iuan chinês e coroas escandinavas para máximas de vários meses ou de várias semanas contra o dólar.

O índice do dólar caía 0,3%, para o patamar mais fraco desde 1º de julho.

O euro subia 0,3%, a 1,1230 dólar, nova máxima em quatro meses e meio. O euro recuava 2% ante o dólar no ano. A libra saltava 0,6%, para 1,3191 dólar.

No ano, o índice do dólar reduzia a alta para 0,3%.

Em relação ao iene japonês, o dólar recuava para uma mínima em quase três semanas, para 108,50 ienes.

Atividade manufatureira da China cresce com demanda após alívio em disputa tarifária

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  • Funcionário em fábrica da Sany Heavy Industry Co., província de Hunan, China. 
PEQUIM (Reuters) - A atividade manufatureira na China expandiu-se pelo segundo mês consecutivo em dezembro, com a demanda sazonal e sinais de progresso nas negociações comerciais com Washington aumentando a produção e as encomendas das fábricas.
 

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da China permaneceu inalterado em 50,2 em dezembro ante novembro, informou o escritório nacional de estatísticas do país nesta terça-feira. O dado veio um pouco acima do 50,1 esperado em uma pesquisa da Reuters com analistas.

O número também permaneceu acima da marca de 50 pontos, que separa crescimento mensal da contração.

As leituras melhores que o esperado sugeriram alguma recuperação na segunda maior economia do mundo este mês. A produção subiu no ritmo mais rápido em mais de um ano, enquanto o crescimento do total de novos pedidos foi apenas um pouco menor do que uma recente máxima alcançada no mês passado.

Embora os indicadores positivos mostrem que a economia termina em 2019 em uma base mais firme do que o inicialmente esperado, há preocupações mais profundas de que esse impulso possa não continuar no próximo ano.

"A força ampliada no PMI oficial de manufatura certamente parece positiva para os mercados, mas acreditamos que isso pode não ser sustentável e a economia ainda não chegou ao fundo do poço", disseram analistas do Nomura em nota após os dados.

Ainda assim, a estabilidade observada recentemente levou o Nomura a revisar suas previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o quarto trimestre a 6,0%, de 5,8% antes.

O dólar cedia 0,4% ante o iuan chinês no mercado offshore, enquanto o dólar australiano se apreciava 0,3%, para uma máxima em cinco meses. O dólar da Nova Zelândia também bateu um pico em cinco meses.

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Fonte:
Reuters

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