China adotará medidas para apoiar empregos, diante de crescente pressão social
PEQUIM(Reuters) - A China intensificará o apoio ao emprego para lidar com a crescente pressão sobre a segurança das vagas de trabalho em razão de desafios internos e externos, disse o gabinete nesta terça-feira, conforme a segunda maior economia do mundo desacelera.
O desaquecimento simultâneo nos setores de serviços e manufatura representa um grande problema para as autoridades que buscam manter o controle do desemprego e evitar distúrbios sociais, à medida que o crescimento econômico reduz o ritmo para níveis mínimos de três décadas.
"Atualmente, a situação de emprego na China é geralmente estável, mas os riscos e desafios em casa e no exterior estão aumentando e a pressão para estabilizar o emprego está subindo", afirmou o Conselho de Estado em comunicado.
O governo atribuirá igual importância à criação de novos empregos e salvaguarda dos empregos existentes, e fará mais esforços para evitar os riscos de desemprego, disse o documento.
A China intensificará o apoio financeiro a empresas pequenas e privadas, incluindo a implementação de cortes direcionados de depósitos compulsórios e encorajando os bancos a aumentar empréstimos de longo prazo para pequenas empresas do setor manufatureiro, disse o gabinete.
O governo também expandirá os investimentos de maneira apropriada e estabilizará o comércio exterior para aumentar o emprego, afirmou o documento.
Além disso, o governo estenderá uma política que permita que empresas com poucas ou zero demissões recuperem os prêmios de seguro-emprego e também dará subsídios a algumas empresas para treinamento de pessoal até o final de 2020, disse o documento.
Uma política de redução das taxas de seguro-desemprego e seguro de acidentes de trabalho será estendida para abril de 2021, afirmou.
Nos últimos meses, Pequim lançou uma série de medidas para apoiar empresas pequenas e privadas, vitais para o crescimento e o emprego, em meio a uma guerra comercial contundente com os Estados Unidos.
Demanda doméstica aumentou no 4º trimestre na China, mostra pesquisa do PBoC
Pequim - Uma pesquisa do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) mostrou que a demanda doméstica no país aumentou nos últimos três meses deste ano ante o trimestre anterior, embora as encomendas de exportações tenham recuado por dois trimestres consecutivos, num cenário de tensões comerciais com os Estados Unidos.
Os consumidores estão mais otimistas sobre os preços no quarto trimestre, em comparação com os três meses anteriores, segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira. Embora a carne de porco mais cara tenha continuado a levar para cima a inflação ao consumidor chinês, medidas para aumentar a oferta têm ajudado a moderar os preços recentemente.
Banqueiros consultados pelo banco central afirmaram que a demanda por empréstimos recuou no quarto trimestre. Os economistas, porém, esperam que um corte no compulsório bancário se confirme, o que estimularia a demanda, após o premiê Li Keqiang dizer que o governo avalia reduzir o montante que os bancos precisam deixar guardado no PBoC, a fim de estimular empréstimos para pequenas empresas.
Os participantes da pesquisa, que incluíam banqueiros, empreendedores e consumidores, afirmaram ainda que encontrar trabalho tem se tornado mais difícil nos últimos meses no país. Fonte: Dow Jones Newswires.
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