Ações dos EUA relativas à China afetam estabilidade global, diz diplomata chinês
(Reuters) - As restrições comerciais, econômicas e científicas dos EUA à China e "difamações" contra sua soberania estão impactando a estabilidade e o desenvolvimento global, afirmou o principal diplomata do governo chinês em comentários publicados nesta segunda-feira.
Mesmo que as duas maiores economias do mundo tenham tomado medidas para aliviar a guerra comercial, os dois países permanecem distantes em uma série de questões, incluindo protestos contra o governo em Hong Kong, Síria, direitos humanos e o status de Taiwan reivindicado pelos chineses.
A China ficou particularmente decepcionada com as críticas de altas autoridades norte-americanas, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo, ao Partido Comunista no poder da China e ao tratamento dado pelo país à sua minoria uigure muçulmana.
Os Estados Unidos dizem que estão determinados a falar sobre os abusos dos direitos humanos na China, reequilibrar o que consideram uma relação comercial incompatível e impedir possíveis ameaças à segurança nacional com restrições a empresas chinesas como a gigante da tecnologia Huawei.
Em uma entrevista de final de ano à mídia estatal, Wang Yi disse que este ano, marcando 40 anos de vínculos entre a República Popular da China e os Estados Unidos, deveria ter sido um aniversário importante para ambos.
"Lamentavelmente, os Estados Unidos impuseram restrições sucessivamente e pressionaram a China em vários campos, como economia, comércio, ciência e tecnologia, e com uma série de questões relativas à soberania territorial da China interferiram e nos difamaram", disse Wang.
"O que os Estados Unidos fizeram minou a confiança mútua sino-americana acumulada nos últimos 40 anos e também impactou a estabilidade e o desenvolvimento de todo o mundo", acrescentou, em trechos da entrevista publicada no site do Ministério das Relações Exteriores da China.
Wang disse que a China vai proteger seus principais interesses e seu direito ao desenvolvimento legítimo, e que nenhuma pessoa ou força pode tirar o povo chinês do caminho da modernização.
A China quer resolver os problemas que surgem com os EUA por meio do diálogo e com base no respeito mútuo, acrescentou.
(Reportagem de Ben Blanchard)
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