Trump: Tive grande telefonema com Bolsonaro; "Amizade Brasil e EUA continua cada vez mais forte", diz Jair

Publicado em 21/12/2019 10:19

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou breve mensagem nesta sexta-feira, 20, em sua conta no Twitter sobre seu telefonema com o presidente Jair Bolsonaro.

-- "Acabei de ter um grande telefonema com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro", afirmou Trump. "Nós discutimos muitos assuntos, incluindo comércio. A relação entre os Estados Unidos e o Brasil nunca foi mais forte!", afirmou o presidente americano.

Mais cedo, Bolsonaro informou que Trump lhe disse que o aço e o alumínio brasileiros não serão mais sobretaxados pelo governo americano. Em sua mensagem, o presidente dos EUA não tratou do assunto.

Bolsonaro: amizade de Brasil e Estados Unidos continua cada vez mais forte

Brasília - Após anunciar que os Estados Unidos não vão sobretaxar o aço e alumínio brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro destacou nesta sexta-feira, 20, que a amizade entre os dois países está "cada vez mais forte". A negociação com o presidente Donald Trump ocorreu pelo telefone. "Foi uma conversa de 10 minutos que demonstra o mútuo respeito que existe entre Brasil e Estados Unidos", disse.

Os ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e Paulo Guedes, da Economia já trabalhavam com o "primeiro escalão" de Donald Trump, segundo Bolsonaro, desde o anúncio da possível tarifa à importação dos produtos.

"Eu dei meus argumentos para o presidente norte-americano da situação econômica do Brasil e a questão do dólar. E ele aceitou nossas ponderações e anunciou que não taxaria", explicou o presidente. O presidente, contudo, não entrou em detalhes sobre quais argumentos apresentou para Trump para fazê-lo mudar de ideia. Bolsonaro apenas disse que indicou que a sobretaxação não seria uma boa sinalização em termos políticos. De acordo com ele, Trump não pediu nenhuma contrapartida para recuar na decisão de tarifar o aço e alumínio brasileiro.

O chefe do Executivo disse ainda que convidou Donald Trump para uma visita ao Brasil. "Eu o convidei para comparecer aqui. Ele falou que após as eleições do ano que vem seremos um dos primeiros países a serem visitados", afirmou. Existe ainda a possibilidade de Bolsonaro ir aos Estados Unidos no começo do ano que vem. "Isso só demonstra a confiança no Brasil e as nossa relações bilaterais que, até há pouco, não eram levadas a sério", ressaltou.

Bolsonaro: Trump se convenceu e nosso aço e alumínio não serão sobretaxados

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira, 20, que o aço e alumínio brasileiros não serão sobretaxados pelo governo dos Estados Unidos. "Ele (Trump) se convenceu e decidiu dizer aos brasileiros que nosso aço e alumínio não serão sobretaxados", afirmou em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Segundo Bolsonaro, nesta tarde ele recebeu uma ligação de Donald Trump, que durou 15 minutos. "Entendo o que ele queria dizer e dei meus argumentos", disse.

Trump prometeu aplicar tarifas à importação de aço e alumínio do Brasil e da Argentina em 2 de dezembro, em anúncio no Twitter, como forma de compensar a variação cambial da moeda destes países. Bolsonaro destacou que vem conversando com o governo americano desde aquela ocasião. "Nós ligamos muitas vezes e eles ligaram para nós e chegamos a um bom termo", explicou.

O presidente estava acompanhado do ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e do assessor especial da Presidência Filipe Martins. "Estou muito feliz com o senhor Donald Trump, da maneira como se dirigiu ao chefe de Estado brasileiro. E como nós prometemos lá atrás, durante a campanha, o nosso comércio não tem mais viés ideológico. Os EUA são um país importantíssimo para nós. E pode ter certeza, a nossa balança comercial crescerá muito nos próximos anos", declarou o presidente.

Bolsonaro diz que tem de fazer a reforma tributária 'possível', e não 'perfeita'

Brasília - Promover uma simplificação tributária é o que está no horizonte do Palácio do Planalto, segundo o presidente Jair Bolsonaro, que admitiu nesta sexta-feira, 20, não ser plausível buscar a aprovação no Congresso de uma reforma do sistema de impostos "perfeita".

"O que tenho falado ao Paulo Guedes, é que não podemos entrar na mesma linha que aconteceu no passado, queriam uma reforma tributária perfeita, não se aprovava nada. Vamos simplificar", disse Bolsonaro durante conversa com jornalistas na frente do Palácio da Alvorada. O presidente destacou que a reforma não será algo imposto aos parlamentares.

"Não podemos impor a nossa vontade nem queremos impor nossa vontade. Mas nessas questões técnicas, eu acho que não tem o que discutir. A própria reforma previdenciária foi um convencimento dos parlamentares", declarou.

Sobre o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente voltou a dizer que este é um "imposto que está demonizado" e que "não se toca mais nesse assunto".

Eletrobras

O chefe do Executivo argumentou ainda que o sistema brasileiro pode entrar em colapso caso a proposta do governo de privatizar a Eletrobras não seja aprovada no Congresso Nacional. "Não temos, se não me engano, R$ 18 bilhões para manter o sistema funcionando. Vai entrar em colapso", disse.

O governo está em busca de "novas propostas de energia", de acordo com o presidente, visto que o crescimento do País levaria a uma demanda de energia que o Brasil não seria capaz de suprir. "O Paulo Guedes tem dito que podemos crescer 2% ano que vem e 3% daqui dois anos. Todo mundo sabe que, se crescer, vai ter consumo de energia. Se tivermos uma seca no Brasil, uma estiagem, vamos ter problema de racionamento de novo", afirmou.

O que mais nós queremos é facilitar a vida de quem quer empreender, diz Bolsonaro

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro disse que o carro-chefe para o ano que vem em seu governo será a economia. "O que mais nós queremos é facilitar a vida de quem quer empreender", afirmou.

Em entrevista a jornalistas no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse ter pedido ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para lançar o plano "Minha Primeira Empresa".

Guedes é o patrão, diz Bolsonaro sobre proposta de novo imposto

Brasília - Um dia depois de ofender repórteres em uma entrevista coletiva, o presidente Jair Bolsonaro convidou jornalistas para uma visita ao Palácio da Alvorada. Entre outros temas, o presidente falou sobre o Ministro da Economia Paulo Guedes, a quem chamou de "patrão", e política econômica.

Questionado sobre questões econômicas e criação de novos tributos, Bolsonaro disse que Paulo Guedes, "é o patrão", mas que a determinação é não ter novos impostos, apenas substituir os que já existem. O presidente sinalizou que deseja estender faixa de isenção de imposto de renda para R$ 3 mil reais.

O presidente também falou sobre a proposta de Reforma Tributária. Bolsonaro disse que prefere deixar "na mão do Paulo Guedes" a discussão de alternativas para desonerar a folha de pagamentos. "Não quero falar algo que possa constranger o Paulo Guedes amanhã por desconhecimento da minha parte. Eu que tenho que me alinhar a ele, não ele a mim. Pelo contrário. Ele que é meu patrão nessa questão, não eu patrão dele", afirmou.

Segundo Bolsonaro, o governo vai apresentar emendas às duas propostas de reforma tributária que tramitam no Congresso Nacional. Na quarta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo não vai mais enviar uma proposta de emenda constitucional (PEC), mas ainda enviará propostas próprias - o que poderia ser feito, por exemplo, por projeto de lei.

"As duas propostas de reforma tributária que tramitam no Congresso Nacional estão bastante avançadas e vão na linha do Posto Ipiranga (ministro da Economia, Paulo Guedes). Ele falou que vai apresentar sugestões, em forma de emendas", disse.

O presidente chegou a dizer que assistiria a uma entrevista do ministro Paulo Guedes para "saber realmente a linha dele", mas afirmou que não haverá aumento de carga tributária. "Criar imposto não existe. Pode até inventar um novo nome para acabar com outros, uma substituição", afirmou.

Bolsonaro acrescentou que a reforma tributária, assim como a da Previdência, é "interesse da sociedade" e diz não ver tanta dificuldade para a aprovação. "O que tenho falado com Paulo Guedes é usar mais a palavra simplificação e ver o que pode ser aprovado. Todas as outras tentativas que não deram certo, se tivesse simplificado um pouquinho, hoje talvez não precisasse de uma reforma tributária. Vamos dar um passo", afirmou.

Sobre o protagonismo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na aprovação da reforma da Previdência, Bolsonaro disse que não faz questão de ser o pai da criança. "Toda honra e glória para o Rodrigo Maia. Um beijo pro Rodrigo Maia e para o Davi Alcolumbre. Tá vendo que eu não sou gordofóbico?", disse.

Israel

O presidente disse que o governo mantém a proposta de transferir a Embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, mas não indicou quando a mudança deve se concretizar. Ainda sobre esse assunto, Bolsonaro disse que o nome de Paulo Jorge de Nápolis, ex-adido militar em Israel, inicialmente cotado para ocupar a embaixada, "saiu do radar".

(por Mateus Vargas, da Agência Estado)

 

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Fonte:
Agência Estado

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1 comentário

  • Dalton Catunda Rocha

    Bolsonaro está certo. O Brasil tem mesmo é que ser aliado dos Estados Unidos e de Israel.... Por sinal, um país que é aliado de Cuba e da Venezuela não precisa de inimigos.

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