IPCA-15 acelera para 1,05% em dezembro, maior alta para o mês desde 2015

Publicado em 20/12/2019 09:30

A alta nos preços das carnes teve o maior impacto na prévia da inflação de dezembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 1,05% em relação a novembro (0,14%), a maior alta mensal desde junho de 2018 e o maior resultado para dezembro desde 2015.

Entre os itens de alimentação e bebidas, a alta foi de 2,59%. Além das carnes, que registraram alta de 17,71% em dezembro e contribuíram com o maior impacto individual no índice do mês (0,48 ponto percentual), contribuíram também produtos como o feijão-carioca (20,38%) e as frutas (1,67%). Já os alimentos que tiveram queda de preço foram a batata-inglesa (-9,33%) e a cebola (-7,18%).

Algumas outras despesas que pesaram mais no bolso do consumidor foram a alimentação fora do domicílio e as despesas com transportes. As passagens aéreas, cujos preços já haviam subido 4,44% em novembro, tiveram alta de 15,63% em dezembro. A gasolina (1,49%) e o etanol (3,38%) também continuam a subir de preço. E o gás de botijão também ficou mais caro (0,32%), após o reajuste de 4% no preço do botijão de 13 kg, nas refinarias, a partir do dia 27 de novembro.

IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 IPCA-15 - Variação mensal (%)

A inflação chegou inclusive aos bolões de loteria de final de ano. Os jogos de azar, por conta dos reajustes nos preços das apostas lotéricas, com vigência a partir do dia 10 de novembro, ficaram 36,99% mais caros.

Mas tem boa notícia para quem está arrumando a casa para receber visitas para as festas de fim de ano. O único grupo a registrar deflação foi o de artigos de residência, com queda de 0,84%. Itens como TV, som e informática (-2,09%) e mobiliário (-1,16%) puxaram a baixa.

Todas as regiões pesquisadas apresentaram alta entre novembro e dezembro. O menor resultado foi registrado na região metropolitana de Recife (0,60%), onde o impacto das altas foi mitigado em função da queda observada no custo da energia elétrica (-1,71%). Já o maior índice ficou com a região metropolitana de Belém (1,72%).

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Fonte:
IBGE

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