Deputados da Argentina aprovam projeto de "emergência econômica"
BUENOS AIRES (Reuters) - A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na manhã desta sexta-feira um projeto de lei de "emergência econômica" que estabelece alta de impostos para enfrentar a grave crise pela qual passa o país, e o projeto deve agora ser analisado pelo Senado ainda nesta sexta.
Com 134 votos a favor e 110 contra, o governo de centro-esquerda do presidente Alberto Fernández conseguiu a aprovação de um projeto que busca manter o equilíbrio fiscal para garantir o pagamento futuro da dívida pública --que está atualmente em negociação-- e, posteriormente, expandir o gasto social para impulsionar a economia.
Após um prolongado debate na Câmara dos Deputados, espera-se que o Senado, onde o governo tem maioria, trate do projeto ainda nesta sexta-feira, ante o pedido de urgência do presidente peronista Fernández
"Estamos diante de um estado excepcional na Argentino. Queremos transmitir, a quem faz parte do mercado interno, que esta é uma ferramenta para colocar a economia em marcha e devolver a esperança", disse o deputado governista Sergio Massa, presidente da Câmara, em sua conta no Twitter.
A Argentina enfrenta uma prolongada recessão, uma inflação anual superior a 50% e uma pobreza que se aproxima dos 40%, enquanto se vê pressionada a pagar vencimentos de dívida próximas a 100 bilhões de dólares, que o país diz que atualmente não tem como quitar.
(Reportagem de Nicolás Misculin)
BC da Argentina reduz taxa de juros a 58%
BUENOS AIRES (Reuters) - O banco central da Argentina cortou na quinta-feira sua taxa de juros referencial para 58%, de 63%, como parte dos esforços do novo governo de centro-esquerda para reanimar a economia.
"A taxa de juros de referência estava em um nível inadequado e potencialmente inconsistente com as perspectivas de evolução nominal das variáveis econômicas relevantes", disse o banco em comunicado.
A Argentina atravessa uma forte crise que o presidente, Alberto Fernández, pretende combater reativando a economia mas sem descuidar do equilíbrio fiscal, para não alimentar uma inflação que este ano ficará acima de 50%.
Os juros altos eram a maneira como a gestão do banco central que deixou a entidade há 10 dias tinha de lidar com a inflação.
(Reportagem de Nicolas Misculin)
0 comentário
Dólar recua ante o real com percepção de Copom "firme" e ajuste no exterior
Filipinas confiam na aliança com EUA sob comando de Trump em meio a tensões com China, diz embaixador
Vitória de Trump preocupa parceiros internacionais antes da COP29
Dólar sobe ante o real após decisão do Copom e na espera de medidas fiscais
Presidente do BC da China se compromete a apoiar recuperação econômica
Reuters: Fed cortará juros, mas tem novo cenário a ser decifrado após vitória de Trump