Soja intensifica ganhos em Chicago e sobe nesta 5ª feira pela terceira sessão consecutiva
O mercado da soja intensifica seus ganhos na Bolsa de Chicago no pregão desta quinta-feira (5) e, por volta de 14h (horário de Brasília), passavam de 10 pontos entre os principais vencimentos. Os futuros da oleaginosa já registravam o janeiro a US$ 8,88 e o março a US$ 9,02 por bushel.
As altas acontecem pelo terceiro dia consecutivo e, segundo explicam analistas internacionais, refletem uma força no mercado do farelo de soja - dados alguns problemas no processamento na Argentina - novas vendas da oleaginosa pelos EUA e uma recuperação técnica do mercado depois das últimas baixas.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou a venda de 245 mil toneladas de soja para destinos não revelados nesta quinta-feira (5). Do total, são 120 mil toneladas da safra 2016/20 e 125 mil da 2020/21.
Além destes fatores, o mercado ainda observa também as possibilidade de um acordo, ao menos parcial, entre China e Estados Unidos. "No entanto, continuo apostando na baixa, pois os preços ainda estão sendo negociados abaixo da média móvel de 20 e 100 dias. A tendência permanece de queda", disse Michael Seery, da Seery Futures, ao Inside Futures.
As informações ainda são desencontradas, a nação asiática quer a retirada das tarifas e Donald Trump afirma que não irá fazê-lo. E no próximo dia 15, o mercado pode se deparar ainda com uma nova rodada de aumento das tarifações americanas sobre produtos chineses que, se confirmada, poderia vir a pesar novamente sobre as cotações.
"Com a recente queda, o mercado tenta dar sequência a recuperação técnica da semana. O limitador é a incerteza em relação ao desfecho da guerra comercial EUA/China", explica Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da AgroCulte.
Há nas análises ainda a perspectiva de Al Kluis, consultor da Kluis Advisors, de que a demanda poderia se voltar mais aos EUA neste momento em função de uma oferta mais ajustada na América do Sul. "A recente força das exportações de soja e milho na América do Sul promoveram uma baixa em seus estoques. Agora, o único lugar para se conseguir ambos os produtos é nos EUA", diz ao portal norte-americano Successful Farming.
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