Desempenho reprodutivo do rebanho é fundamental para obter resultados financeiros, diz Cepea
De acordo com o relatório do Cepea sobre os Custos de Produção de outubro/19, a rentabilidade da atividade de cria está relacionada com o desempenho reprodutivo do rebanho. Para obter esse ganho na reprodução é necessário ter condições sanitárias, nutricionais e estratégias de manejo disponíveis no sistema produtivo em que os animais estão inseridos.
Em 2019, as propriedades típicas de cria visitadas pelo o Cepea apresentaram resultados zootécnicos e econômicos modestos frente ao potencial da atividade. “Durante a análise verificou-se o baixo nível de investimento em produção e manutenção das pastagens, refletindo invariavelmente em taxas de lotação reduzidas e em um baixo número de bezerros vendidos por unidade de área”, destacou o relatório.
As estratégias de nutrição animal é outro limitante na produtividade e da eficiência das fazendas, na qual em determinados períodos do ano fica comprometida devido à sazonalidade da produção das forragens e ausência de suplementação mineral apropriada.
“Os bovinos são capazes de manter a reprodução durante o ano todo, porém, a perda de peso e piora da condição corporal prejudica diretamente a fertilidade das fêmeas, resultando em menor número de bezerros nascidos e queda na receita anual”, relata o Cepea.
O recomendado que é o incremento de produtividade não fique focado apenas na melhoria de um dos fatores de produção, e sim, no conjunto. Para isso, é preciso ser feito uma análise do desempenho reprodutivo das fêmeas para ter uma gestão da propriedade e acompanhamento das melhorias propostas, sendo que o modelo tradicional, em que os touros permanecem junto as novilhas e vacas durante o ano todo, dificulta o processo de avaliação.
Em 2019, os preços do bezerro tiveram uma expressiva alta em praticamente todas as regiões do País, essa melhoria na receita deve trazer margens mais confortáveis aos criadores e viabilizar investimentos no sentido de aumento da produtividade. A orientação técnica e acompanhamento especializado são essenciais para obter o melhor resultado possível das tecnologias a serem implementadas.
Ainda segundo o Cepea, os ativos do campo de agosto e outubro de 2018 caracterizaram respectivamente, na média Brasil, os custos de reforma intensiva de pastagens e os custos com IATF. Atualizando os valores estimados para setembro de 2019, o custo médio de reforma de um hectare de pastagem é de R$1.332,48, a ser diluído pelo período de vida útil desta área. Já o custo de adoção da IATF é de R$105,93/ bezerro produzido, considerando-se os custos com o protocolo hormonal e o sêmen utilizado.
Confira o relatório completo Aqui.
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