Região da Serra, no Rio Grande do Sul, já colhe pêssego

Publicado em 28/11/2019 09:26

Na região da Serra, que detém 80% da área cultivada no Estado com pessegueiro e 85% da produção, já foi concluída a colheita das variedades superprecoces, sendo colhidas no momento as cultivares precoces, principalmente a Kampai. A informação é da Emater/RS-Ascar na região de Caxias do Sul, divulgada em convênio com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

“Isso representa 20 dias de atraso, porque deveríamos estar no auge da colheita da principal variedade, que é a Chimarrita, mas as condições climáticas de agosto e setembro, com bastante chuva e principalmente frio, e um mês de outubro com pouca insolação, retardaram o desenvolvimento e a maturação das frutas”, explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini.

A colheita do pêssego na região se estende até janeiro, com as variedades tardias, principalmente a Barbosa e a Eragil. A maioria das variedades de pêssego de mesa cultivadas na Serra Gaúcha é de polpa branca, apenas duas são de polpa amarela, sendo destinadas apenas ao consumo in natura. Conforme Todeschini, a fruta produzida na região abastece o RS e abrange todo o país.

Na safra 2019/2020, a produção estimada é de 52 milhões de quilos, nos 3.450 ha cultivados na Serra. “Com relação à qualidade, tivemos um mês de outubro e início de novembro com pouca insolação e, nos últimos dez a 12 dias aumentou bastante a radiação solar, melhorando muito a sanidade das plantas, a cor das frutas e o sabor. Então, se o clima continuar assim, os produtores terão maior qualidade dos pêssegos colhidos”, ressalta Todeschini.

O engenheiro agrônomo lembra que durante a colheita há diversas práticas culturais recomendadas, sendo a principal estar alerta com a mosca-das-frutas, que é a principal praga das frutas de caroço. Dessa forma, há três anos é desenvolvido o Sistema de Alerta da Mosca-das-Frutas, por meio do qual os extensionistas da Emater/RS-Ascar visitam semanalmente os pomares para monitoramento das armadilhas e coleta de dados, que são repassados à Embrapa Uva e Vinho, que divulga um boletim informativo toda quarta-feira. “A poda verde é outra prática muito importante para a ventilação da planta e para a intensificação da coloração da fruta, aumentando o sabor. Também tem a adubação de frutificação, para o enchimento da fruta das variedades tardias, que recém foram raleadas, e o cuidado nos tratamentos preventivos das principais doenças, especialmente a podridão parda, com o uso somente de produtos com registro e observando a carência”, orienta Todeschini.

Já o preço pago ao produtor, conforme o agrônomo, até o momento está bem remunerador, devido à pouca oferta e ao atraso na colheita do volume maior, que é da variedade Chimarrita, satisfazendo os produtores da região. “Acreditamos que deverá ter um pouco de queda, não se sabe quanto, em razão da colheita da cultivar Chimarrita, impactando no incremento da oferta”, avalia.

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Emater/RS

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