Algodão: Exportação é recorde; baixa qualidade reduz liquidez no spot
Com as exportações pagando mais que o mercado brasileiro, os embarques de algodão em pluma estiveram intensos ao longo de outubro, somando 273,4 mil toneladas, quase o dobro do volume de setembro/19 e um recorde. Essa quantidade superou em 20% o recorde anterior, de 227,9 mil toneladas, observado em dezembro/18, conforme dados da Secex. Ressalta-se que a paridade de exportação segue acima dos valores domésticos desde o final de agosto, cenário que limita quedas nos preços internos – ou até mesmo os eleva. Assim, vendedores têm priorizado entregas de contratos a termo, especialmente para exportação, sendo que boa parte da safra 2018/19 já está comprometida. No spot nacional, a liquidez está baixa. Compradores estão ativos, mas a dificuldade em encontrar o produto dentro das características desejadas limita novos negócios. Assim, muitos trabalham com a matéria-prima já contratada. Vendedores, por sua vez, estão firmes nos preços, mas a maioria dos lotes disponibilizados apresenta ao menos uma característica. Entre 30 de setembro e 31 de outubro, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 1,49%. A média do outubro, de R$ 2,4948/lp, superou em 1,49% a de setembro/19, mas ficou 21,01% abaixo da de outubro/18, em termos reais (valores atualizados pelo IGP-DI de setembro/19). De 29 de outubro a 5 de novembro, especificamente, o Indicador avançou 1,4%, fechando a R$ 2,5373/lp, na terça-feira, 5.
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