Estabilidade na produção e estoque mundial levam preço do algodão a patamares de 2016

Publicado em 21/10/2019 16:00

Em um cenário de oferta global confortável e baixa demanda de exportação, o índice internacional chegou a atingir 57 centavos de dólar por libra-peso no mês de outubro/2019, níveis de baixo preço vistos pela última vez em 2016.

Os estoques finais do mundo, exceto o estoque chinês, estão com a perspectiva de aumentar em 7,7% até o final de 2019/20, de acordo com as estimativas atuais de produção e consumo do ICAC. Dessa maneira, os preços reduziram em aproximadamente 30% entre o início do ano de 2019 e o mês de outubro/2019. Desde 2017 que o estoque mundial não sofre muitas alterações, ficando sempre em torno de 18,5 milhões de toneladas.

A produção mundial de algodão está projetada em 26,8 milhões de toneladas e o consumo em 26,5 milhões de toneladas para 2019/20. A previsão é que Bangladesh, Indonésia, Vietnã e Turquia aumentem em média 2% no consumo de algodão em seus respectivos países para a safra 2019/20.

A China continua sendo o país que mais chama a atenção também na cotonicultura, plantio, produtividade, consumo e como importador, além de manter seu estoque estável, o que igualmente influencia nos preços mundiais. O país é o terceiro no mundo em área, mas o campeão de produtividade, ultrapassando até os Estados Unidos e o Brasil. Na china 3,3 milhões de hectares deve produzir 5,8 milhões de toneladas, na safra 2019/20, já a Índia, que deve cultivar 12,2 milhões de hectares, poderá chegar a apenas 2,69 milhões de toneladas.

Os Estados Unidos, segundo em área na próxima safra, deve colher em 5,6 milhões de hectares, 4,76 milhões de toneladas. O Brasil continua sendo o quarto maior em área, com 1,6 milhões de hectares, com produção que deve chegar nesta safra 2019/20, a 2,69 milhões de toneladas.

Nas exportações, o Brasil ficou em segundo novamente, na safra 2018/19, com 1,53 milhões de toneladas, abaixo do primeiro colocado, os Estados Unidos, que exportou 3,47 milhões de toneladas.

Os cinco maiores países importadores do algodão nacional na safra 2018/19 foram1º Lugar do Ranking de compradores: China (34% do total exportado); 2º Lugar Indonésia (14% do total exportado); 3º Lugar o Vietnã (13% do total exportado); 4º Lugar Bangladesh (11% do total exportado) e em 5º Lugar a Turquia (8% do total exportado).

O Brasil produziu 2,890 milhões de toneladas de pluma na safra 2018/19, atingiu 1.768 Kg/hectare como nível médio de produtividade, e obteve 1.635.198 hectares de área plantada. Entre 1º de agosto de 2018 e 31 de julho de 2019, o Brasil exportou 1.309.712 toneladas de pluma de algodão e alcança saldo positivo na balança comercial em 2,24 bilhões de dólares, visto que a quantidade de importações tem o menor patamar dos últimos anos. A previsão para a safra 2019/20, de acordo com dados do ICAC, é que o Brasil exporte de 1.580.000 toneladas de pluma. Este montante é 20% maior quando comparado ao realizado na safra 2018/19.

Na próxima safra de algodão (2019/20), Mato Grosso do Sul deverá permanecer em quinto lugar em área cultivada, chegando a aproximadamente 36 mil hectares, queda de 4,9% em relação à safra passada, que foi de 37.870 hectares, enquanto que na média nacional, o Brasil deve aumentar a área em 2,7%, ficando a redução na produtividade, que deve baixar de 1.768 Kg/ha. para 1.733 Kg/ha.

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Fonte:
Ampasul

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