Crescimento do PIB da China desacelera para mínima de 27 anos no 2º tri

Publicado em 15/07/2019 08:27

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Por Kevin Yao

PEQUIM (Reuters) - O crescimento econômico da China desacelerou a 6,2% no segundo trimestre, ritmo mais fraco em ao menos 27 anos, uma vez que a demanda tanto interna quanto externa enfraqueceu diante da crescente pressão comercial dos Estados Unidos.

Embora dados mais otimistas de produção industrial e vendas no varejo em junho tenham oferecido sinais de melhora, alguns analistas alertam que os ganhos podem não ser sustentáveis, e esperam que o governo continue a adotar mais medidas de suporte nos próximos meses.

Os dados de crescimento divulgados nesta segunda-feira mostram perda de força em relação à taxa de 6,4% do primeiro trimestre, somando-se às expectativas de que Pequim precisa fazer mais para impulsionar o consumo e o investimento e restaurar a confiança empresarial.

O ritmo visto entre abril e junho, em linha com as expectativas de analistas, foi o mais lento desde o primeiro trimestre de 1992, quando os dados trimestrais começaram a ser registrados.

"O crescimento da China pode desacelerar a 6% a 6,1% no segundo semestre", disse Nie Wen, economista do Hwabao Trust. Isso testaria o valor mais baixo da meta de Pequim para 2019 de uma faixa de 6% a 6,5%.

O governo tem contado com estímulo fiscal para sustentar o crescimento este ano, anunciando fortes cortes de impostos no valor de quase 2 trilhões de iuanes (291 bilhões de dólares) e uma cota de 2,15 trilhões de iuanes para emissão de bônus especiais por governos locais com o objetivo de alimentar a construção de infraestrutura. Entretanto, a economia tem mostrado lentidão para responder.

Analistas acreditam que o espaço para mais afrouxamento agressivo da política monetária está sendo limitado por temores de aumento dos níveis da dívida e de riscos estruturais.

Além disso, dados de junho para produção industrial, vendas no varejo e investimento em ativos fixos superaram as estimativas dos analistas, sugerindo que os esforços anteriores de Pequim podem estar começando a ter efeito.

A produção industrial avançou 6,3% sobre o ano anterior, de acordo com dados da Agência Nacional de Estatísticas, acelerando da mínima de 17 anos de maio e superando a taxa esperada de 5,2%.

As vendas no varejo saltaram 9,8%, ritmo mais forte desde março de 2018, contra expectativa de avanço de 8,3%.

Já o investimento em ativo fixo no primeiro semestre do ano ganhou 5,8% sobre o ano anterior, contra previsão de 5,5% e 5,6% nos cinco primeiros meses do ano.

Economia chinesa cresce 6,2% no segundo trimestre (Ag. Brasil)

A China registrou o crescimento econômico mais baixo desde que o país passou a divulgar dados trimestrais de seu PIB em 1992.

O Escritório Nacional de Estatísticas informou, na segunda-feira, que o PIB do país cresceu 6,2% no período de abril a junho em relação a um ano atrás.

Isso representa uma queda de 0,2 ponto percentual em relação aos 3 meses anteriores. E também marca a primeira queda desde o quarto trimestre do ano passado.

Economistas dizem que os governos regionais estão cortando gastos em infraestrutura devido às dificuldades financeiras.

Eles apontam que uma queda acentuada nas exportações para os Estados Unidos enfraqueceu a produção industrial e os investimentos em equipamentos e instalações.

Afirmam, ainda, que o gasto dos consumidores também permanece baixo em alguns setores, o que inclui a compra de carros novos.

A China estabeleceu uma meta de crescimento de 6 a 6,5% para este ano. Os especialistas afirmam que o país provavelmente deve tomar medidas adicionais de estímulo se sua economia permanecer desacelerada.

Não há perspectiva de conclusão para a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China.

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Fonte:
Reuters/Agencia Brasil

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