Avanço nas reformas torna cenário mais benigno para inflação, diz Campos Neto

Publicado em 12/07/2019 08:27

LOGO REUTERS

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou na quarta-feira que um avanço nas reformas "obviamente" torna o cenário mais benigno para a inflação, após ter destacado que a aprovação do texto-base da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados era um primeiro passo importante.

Reagindo à colocação da jornalista Miriam Leitão de que todas as condições estavam dadas para uma redução na taxa básica de juros, Campos Neto indicou, em entrevista à GloboNews, que as variáveis analisadas pelo BC para sua decisão sobre a Selic de fato melhoraram.

"Basicamente o que nós dissemos na última comunicação é que quando nós olhamos o externo ele está mais benigno, quando nós olhamos o hiato do produto, quando olhamos a capacidade ociosa, nós hoje temos uma capacidade ociosa maior, nós inclusive reconhecemos que teve interrupção no crescimento, que é um termo forte", afirmou Campos Neto.

"E como nós tínhamos três fatores e dois melhoraram sensivelmente, nós passamos então a dizer que o fator preponderante ficou com as reformas. Então, nessa linha, obviamente um avanço nas reformas faz com que o cenário fique mais benigno para a inflação no futuro", prosseguiu.

"Já achávamos que estava mais benigno. Obviamente, como o fator preponderante é as reformas, avançando as reformas nós temos uma melhora nesse sentido."

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne no fim deste mês para nova decisão sobre os juros básicos, estacionados em 6,5% --seu piso histórico --desde março de 2018.

Na pesquisa Focus mais recente, feita pelo BC junto a uma centena de economistas, a expectativa é de corte de 0,25 ponto percentual na Selic em 31 de julho.

Na entrevista à GloboNews, Campos Neto avaliou que a aprovação por ampla margem do texto-base da reforma da Previdência na Câmara foi vitória sobretudo dos brasileiros e representa uma etapa inicial no necessário processo de ajuste fiscal.

"Esse primeiro passo é muito importante. Eu acho que ele melhora a percepção do Brasil para o investidor estrangeiro, ele vai melhorar, vai estimular que o investidor local privado também faça investimentos. Então eu acho que nós estamos no caminho certo", disse.

(Por Marcela Ayres)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário