Petrobras reduz valor da gasolina na refinaria para menor nível desde fevereiro; diesel também cai

Publicado em 08/07/2019 17:05

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras reduzirá o preço médio do diesel em 3,84% e o da gasolina em 4,42% em suas refinarias a partir de terça-feira, informou a estatal em seu site nesta segunda-feira.

Com o novo reajuste, o valor médio do diesel recua para 2,0649 reais por litro, enquanto o preço médio da gasolina cai para 1,6817 real por litro.

A nova alteração no preço do diesel vem exatamente uma semana após uma alta de 3,9% no valor do combustível nas refinarias, que havia empurrado o preço para 2,1474 reais/litro.

Já a gasolina tem seu primeiro reajuste desde 11 de junho, quando os preços médios caíram 3,03%. Agora, o combustível atinge seu menor valor nas refinarias desde 28 de fevereiro, quando era cotado a 1,6538 real por litro.

Os reajustes nos preços dos combustíveis pela Petrobras são alinhados ao mercado internacional do petróleo, seguindo os valores do petróleo Brent, que caíram 3,3% na última semana, e ao câmbio.

O repasse dos ajustes nas refinarias para os consumidores finais nos postos de combustíveis dependerá de diversos fatores, como tributos, margens de distribuição e revenda, e mistura obrigatória de biodiesel em ambos os combustíveis.

Petrobras e Cade assinam acordo para venda de ativos no gás natural

(Reuters) - A Petrobras assinou nesta segunda-feira um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que prevê a venda de todos os seus ativos no transporte e distribuição de gás no Brasil até 2021, visando à abertura do mercado brasileiro de gás e à atração de novos investidores.

O chamado termo de compromisso de cessação teve ainda como objetivo suspender procedimentos administrativos para investigar a atuação dominante da Petrobras no setor de gás natural, explicou a petroleira em fato relevante.

O movimento está em linha com o plano do governo federal de quebrar o monopólio da Petrobras, permitindo o acesso a outras companhias e, com isso, o desenvolvimento do setor de forma mais acelerada, com uma desejada redução dos preços do insumo.

"A Petrobras está firmemente comprometida a sair integralmente do transporte e distribuição do gás. Venderemos todas as nossas participações", disse o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, ao participar do anúncio da assinatura do acordo em Brasília.

O executivo, de linha liberal, já havia anunciado anteriormente o objetivo de vender tais ativos. Sua gestão está vendendo ativos que considera não essenciais e de baixa rentabilidade, para focar na exploração e produção de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas.

"Nossa equipe de gestão de portfólio já está trabalhando integralmente nisso. Pretendemos concluir essas transações no período mais curto de tempo possível", afirmou, explicando que seguirá os tramites definidos pelo Tribunal de Contas da União.

O termo prevê a venda de parcela de 10% que a petroleira ainda detém nas companhias Nova Transportadora do Sudeste (NTS) e na Transportadora Associada de Gás (TAG), disse a Petrobras.

Também ficou acordado o desinvestimento de parcela integral da petroleira de 51% na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil e de fatias indiretas em distribuidoras de gás.

Atualmente, a Petrobras tem 51% na Gaspetro, holding que detém participações em 19 das 27 empresas de distribuição de gás natural do país. Os demais 49% da Gaspetro já foram vendidos pela estatal para a japonesa Mitsui em 2015.

Preços de petróleo fecham estáveis; temores com demanda compensam ameaças nucleares do Irã

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo se mantiveram estáveis nesta segunda-feira, com tensões a respeito do programa nuclear do Irã equilibrando as preocupações quanto à desaceleração do crescimento econômico mundial, que afetaria a demanda por petróleo.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 0,12 dólar, a 64,11 dólares por barril, enquanto os futuros do petróleo dos Estados Unidos avançaram 0,15 dólar, para 57,66 dólares o barril.

Os valores operaram em alta durante boa parte da sessão, mas recuaram pouco antes do fechamento.

"Preocupações quanto ao que está ocorrendo no Golfo Pérsico continuam a apoiar o mercado, mas sem novos desenvolvimentos significativos, o mercado retornou ao nível inalterado", disse Gene McGillian, vice-presidente de pesquisas de mercado da Tradition Energy. "Preocupações com o crescimento da demanda estão segurando o mercado."

Nesta segunda-feira, o Irã ameaçou reiniciar centrífugas desativadas e acelerar seu enriquecimento de urânio para 20%, em um movimento que ameaça ainda mais o acordo nuclear de 2015, abandonado pelos EUA no ano passado.

No domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, havia lançado um novo alerta às atividades nucleares do Irã. "É melhor eles tomarem cuidado", disse.

Os valores do petróleo seguem sob pressão das contínuas preocupações a respeito da demanda, uma vez que a guerra comercial entre EUA e China afetou as perspectivas para o crescimento econômico global.

(Reportagem adicional de Ahmad Ghaddar e Bozorgmehr Sharafedin em Londres e Aaron Sheldrick em Tóquio)

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Fonte:
Reuters

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