Vale guia queda após Ibovespa renovar máximas; Suzano sobe 3%

Publicado em 05/07/2019 10:18

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta sexta-feira após renovar máximas na véspera, realizando lucros e tendo um ambiente menos favorável no exterior, com Vale entre as maiores pressões de baixa diante do tombo do preço do minério de ferro na China.

Às 11:28, o Ibovespa caía 0,58%, a 103.035,59 pontos. O volume financeiro somava 3,68 bilhões de reais.

Apesar do declínio, o Ibovespa caminha para fechar a semana no azul. Na véspera, o índice encerrou o pregão a 103.636,17 pontos, máxima histórica de fechamento.

Para o estrategista Felipe Sichel, do modalmais, os números do mercado de trabalho dos Estados Unidos corroboram as vendas na bolsa brasileira, uma vez que reduzem as expectativas de uma ação mais 'dovish' pelo Federal Reserve.

Nos EUA, o relatório de emprego do Departamento do Trabalho mostrou a criação de 224 mil novos postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, o maior número em cinco meses e acima do esperado.

"O cenário base ainda é de corte, mas talvez não um ciclo tão extenso/profundo quanto o mercado acredita", afirmou Sichel.

Na cena brasileira, investidores agora aguardam os próximos passos da reforma da Previdência, após a comissão especial da reforma da Previdência aprovar na quinta-feira o texto-base do parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou em rede social que a reforma começará a ser analisada pelo plenário da Casa na próxima terça-feira.

DESTAQUES

- VALE caía 3,2%, na esteira da forte queda dos preços do minério de ferro na China, enquanto agentes também continuam analisando potenciais mudanças na legislação envolvendo o setor de mineração. CSN também sofria com a queda nos preços da commodities e recuava 2,8%.

- AZUL cedia 1,4%, após três altas consecutivas, apesar de dados de tráfego em junho considerados fortes por analistas divulgados na noite da véspera. Investidores também continuam acompanhando desdobramentos relacionados à recuperação judicial da Avianca Brasil.

- GOL valorizava-se 2,1%, com dados de tráfego também no radar, além de expectativas relacionadas a desdobramentos da recuperação judicial da Avianca Brasil.

- BANCO DO BRASIL perdia 0,7%, pior desempenho entre os bancos listados no Ibovespa, após fechar na máxima história na véspera, a 55,18 reais. BRADESCO PN, que também renovou cotação recorde na véspera, tinha oscilação positiva 0,15%, e ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,3%.

- PETROBRAS PN caía 0,15% e PETROBRAS ON cedia 0,4%, em sessão de alta dos preços do petróleo Brent. A companhia também começou a divulgação a investidores do processo de venda de suas participações em campos de produção na Bacia do Espírito Santo.

- SUZANO valorizava-se 3,3%, no terceiro pregão consecutivo de alta, embora analistas continuem exergando um cenário desfavorável para o setor de celulose no curto prazo. No ano, as ações figuram no pequeno grupo do Ibovespa com que acumulam queda, com declínio de cerca de 12%.

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Fonte:
Reuters

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