Governo propõe novo perfil de atuação para as Câmaras Setoriais. Cadeia do feijão considera mudança positiva
Nesta segunda-feira (03), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizou a abertura da Conferência Nacional das Câmaras Setoriais e Temáticas do Ministério. O evento contou com a presença de 35 lideranças de cada setor da agricultura para debater sobre as demandas.
Segundo o Presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE), Marcelo Eduardo Lüders, as lideranças das câmaras setoriais receberam um convite para estarem presentes em um evento com a Ministra da agricultura. “O encontro é para entender as mudanças que precisam ser feitas e também para entender a mudança que o atual governo está realizando”, conta.
As câmaras setoriais congregam entes do governo e da iniciativa privada para discutir quais são as emergências que existem ou quais precisam de alterações. “O que nós percebemos é que a responsabilidade aumenta e vamos discutir com o secretário da câmara setorial que é com um funcionário do Ministério”, salienta.
A nova proposta prevê que as câmaras setoriais tenham mais participação com as demandas do setor. “O governo quer que a Câmara valha a pena já que as pessoas que participam para os seus afazeres para participar. Além disso, casa reunião chega a custar para as entidades e representantes cerca de 60 mil reais”, destaca.
Mercado do feijão
A expectativa é que o mês de junho tenha menor oferta de feijão no mercado, mas há um certo equilíbrio entre a oferta e demanda o que deixa os preços firmes. “Se depender do produtor os valores vão continuar ao redor de R$ 160,00 a saca para o feijão 8,5 ou 9,00. Porém, não está descartado um aumento nas referências se a demanda aumentar”, comenta.
A liderança destaca que tem colheitas pontuais acontecendo em alguns estados como no caso de Minas Gerais, Goiás e no interior do estado de São Paulo. “A concentração maior da colheita é esperada para o mês de agosto , sendo que daqui 20 dias é possível que tenhamos oferta no Vale do Araguaia com a 3ª safra”, pontua.
Com relação aos custos de produção, os valores praticados no mercado não remuneram os produtores e nem cobre os custos. “Os patamares ideias para os agricultores seriam preços compatíveis com R$ 160,00 a R$ 170,00 a saca com uma produtividade próxima de 50 sacas por hectare”, afirma.
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