Guedes à frente das negociações e cenário global mais ameno reduzem aversão a risco
A temperatura mais amena nas relações do governo com a Câmara e fatos mais positivos para o futuro das economias globais dão a direção ao câmbio e ao mercado de renda variável na primeira parte dos negócios nesta sexta-feira (29).
O dólar encolhe em torno dos 0,19%, seguindo o fechamento da quinta, quando terminou o dia em menos 0,94%, a R$ 3,9174. Os índices da bolsa igualmente refletem um pouco mais de disposição ao risco, igual à véspera: o Ibovespa vai em ao redor de mais 0,80% e o Futuros em quase mais 1%, às 10h50.
A principal notícia que marca a distensão política - sem que, naturalmente, as apostas do mercado estejam embutindo plena garantia disso -, é a disposição demonstrada pelo ministro da Fazenda, Paulo Guedes, em se antecipar e mostrar que a sua interlocução na articulação com os líderes partidários será direta. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) elogiou a decisão e passa para os negociantes a possibilidade de uma frente para blindar a tramitação da reforma da Previdência.
Do mundo, a pressão está mais aliviada com as informações de representantes norte-americanos nas negociações com a China. Além da notícia sobre Pequim ter apresentado propostas robustas sobre propriedade intelectual, teria havido ainda um "jantar de trabalho muito produtivo".
Os traders ficaram mais otimistas com a evolução das negociações. Donald Trump também tratou de jogar pressão, nesta quinta, sobre os produtores de petróleo, para que parem de cortar a produção, evitando a alta da commodity a valores que impactem menos a atividade econômica no mundo. Isso ajudou a tirar o fôlego de alta do barril do brent em Londres, apesar de hoje estar ameaçando alta acima de US$ 67.
Da economia doméstica americana, espera-se para este último dia da semana dados mais positivos da contratações de habitações e melhora da renda da população.
Na soma, os índice futuros dos Estados Unidos estão encaminhados para fecharem positivos, com o índice dólar em recuo, o que,se consolidado, demonstra menor propensão dos compradores em buscarem proteção.
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