Açúcar: Trump-Ji Jinping deixam NY em banho-maria à espera de petróleo e USDA voltarem ao jogo
Não foi diferente no açúcar o banho-maria que a reunião do G20, sob os holofotes sobre Trump e Xi Jinping, jogou sobre os mercados de commodities e financeiro. Houve até um jogo de braço dos fundos nesta sexta (30), em Nova York, quando a ICE ameaçou escorregar para uma perda de 20 pontos. Mas ao final o março ficou na linha d'água, com agentes esperando abrir a semana para os fundamentos que devem voltar.
Nesta espécie de trégua - já que, salvo reviravolta, China e EUA não devem sair com nenhum acordo de Buenos Aires -, com a coincidência feliz de cair no último dia útil da semana, os 12.84 c/lp (-3 pontos) do contrato de março permanecem dentro do suporte de 12.35 c/lp e resistência de 13 c/lp, como avalia Maurício Muruci, da Safras & Mercado.
E é nesta faixa que o jogo será jogado, de acordo com o analista, com o petróleo a US$ 58 em Londres e um câmbio no Brasil sem romper os R$ 3,80.
Mais gasolina, menos etanol, mais açúcar saindo das usinas brasileiras, entendendo a lógica.
Por fora, ainda há o superávit visto pelo USDA de 9 milhões de toneladas, anulando qualquer entusiasmo que poderia ser precificado com o corte para 2 milhões da Organização Internacional do Açúcar (OIA), como acentua Muruci. Aliás, o USDA ainda fala em estoques de 52 milhões/t. Há também análises de tradings com uma visão mais reducionistas e consultorias que dão até déficits.
Mas são esses dois esses dois parâmetros que estão na linha de tiro do mercado e que os fundos vão ter que fazer dinheiro com o açúcar nos próximos dias.
Mais a frente, ainda pesando sobre a tela de março, essas condições ficarão mais claras, contando com a boa safra indiana mantendo o fôlego superavitário.
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