Soja intensifica ganhos em Chicago nesta 3ª feira mas não desfaz foco na guerra comercial
Depois de perder mais de 2% na Bolsa de Chicago ontem, os preços da soja voltaram a subir no pregão desta terça-feira (27). As cotações registraram pequenos ganhos mais cedo, porém, no início da tarde de hoje subiam entre 7,50 e 8 pontos nos principais vencimentos. O janeiro/19 valia US$ 8,70 e o maio/19, US$ 8,97 por bushel.
O foco do mercado internacional, porém, permanece o mesmo, que é a guerra comercial entre China e Estados Unidos. O mercado segue seu movimento de ajuste antes do encontro de Xi Jinping e Donald Trump na cúpula do G20 e até que uma definição entre os dois países seja divulgada, o mercado deverá seguir caminhando de lado, com os traders buscando estar bem posicionados.
"Os bastidores da CBOT continuam concentrados nas possiblidades de resolução da retórica comercial entre Trump e Xi Jinping. Não há novos direcionadores políticos para a especulação, uma vez que o encontro marcado entre os líderes para a próxima semana será o foco principal do Mercado, após o feriado", dizem os analistas da ARC Mercosul.
Ainda segundo analistas e consultores de mercado, a correção do dólar - que somente ontem, frente ao real, subiu mais de 2% - e a alta do petróleo também favorecem os preços da oleaginosa.
Completando o cenário de suporte para os preços, mesmo ainda muito frágil, está o rtimo lento dos trabalhos de colheita nos EUA nesta fase final. De acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), já há 94% da área colhida no país. O número é 4% menor do que a média dos últimos cinco anos.
"As condições muito úmidas no Arkansas, Missouri e no Kentucky deixou a soja bastante atrasada, o que pode fazer com que o USDA tenha que revisar suas estimativas de produção nos próximos boletins", diz o analista sênior do portal Farm Futures, Bryce Knorr.
Ainda assim e apesar dessas pequenas altas, novos rallies são esperados somente caso algum problema climático severo seja identificado na América do Sul, ou caso as conversas entre China e Estados Unidos evoluam para um acordo efetivo. "Nenhum dos dois parece muito provável nesse momento", acredita Knorr.
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